Professora santanense é a única classificada no estado no projeto “Professor Nota Dez”

Professora da disciplina de Matemática, Lisiane Saldanha, teve seu projeto selecionado entre mais de 4 mil apresentados

A professora Lisiane Saldanha com uma das turmas que participaram do projeto

A professora de Matemática da escola Vitéllio Gazapina, Lisiane Machado Saldanha, planejou uma atividade que iria unir Semana Santa e matemática, mas ao começar a desenvolvê-la, notou que poderia levá-la mais adiante, e acabou se surpreendendo com a repercursão e aceitação do mesmo. O projeto foi tão longe que acabou como único classificado no estado no programa “Professor Nota Dez”.

Sobre o concurso

O Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 é uma iniciativa da Fundação Victor Civita (FVC) que visa identificar, valorizar e divulgar experiências educativas de qualidade, planejadas e executadas por professores, diretores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais em escolas de ensino regular.

Está aberta exclusivamente a professores em exercício das redes pública e privada e de escolas comunitárias ou filantrópicas de acesso público, urbanas ou rurais, de Educação Infantil e de 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, nas diversas disciplinas, em todo o território nacional.

Sobre o projeto

A professora destacou que seu projeto foi realizado com as duas turmas de 5ª série da escola, e teve relação com a Semana Santa, mais especificamente com as formas geométricas das pandorgas e a relação das mesmas com a matemática. “Todos eles chegaram na aula conversando e falando que iriam fazer pipas e marimbas e eu aproveitei todo o conhecimento que eles tinhas em fazer pandorgas para começar a trabalhar conceitos de ângulos, que é um conteúdo pertinente à quinta série, e com o qual eu poderia desenvolver conhecimentos que eles já tinham sobre pandorgas. Eu os ensinei a usar o transferidor, e eles fizeram toda a arquitetura das pandorgas em sala de aula e a gente as forrou. Depois de prontas, eu os ensinei a medir os ângulos nas pandorgas. Depois disso, a gente foi para a Pecuária, que nos cedeu o local para levantar as pandorgas. Eles perceberam que algumas não levantaram. A partir desta constatação, a gente veio para a sala de aula, fez novamente a medição das pandorgas e ficou constatado pelos alunos que os ângulos das pandorgas que não haviam levantado voo, estavam mal e deveriam ser refeitos para que as pandorgas pudessem atingir sua finalidade, que é subir. E eu, com este trabalho, consegui atingir meu objetivo de matemática, que era trabalhar os ângulos a partir das realidades deles”, relata a professora.

Em 22 anos de trabalho, foi a primeira vez que a professora escreveu seu projeto. Dos mais de 4.000 trabalhos inscritos, foram selecionados os 55 melhores, que passaram por uma avaliação de doutores e pós- -doutores em educação. Destes 55 selecionados, sete foram selecionados em matemática, e destes, foi selecionado somente um em todo o estado do Rio Grande do Sul, que foi o da professora de matemática da escola Vitéllio Gazapina, Lisiane Machado Saldanha. “Eu tenho razão de sobra para estar feliz com a realização deste trabalho, porque a minha vida inteira eu me dediquei a minha sala de aula, porque eu amo o que faço, e sei que a disciplina de matemática é vista com certo receio por grande parte das pessoas. Quero dismistificar esta visão que as pessoas têm, de que matemática é difícil e só aprende quem é inteligente, pois sei que não é nada disso”, finaliza a professora.

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