Sexta-feira, 02 de Dezembro de 2011
Para maior participação
Integrantes do projeto Reeducar vêm dando um belo exemplo de mobilização comunitária no embelezamento do bairro Wilson
Ficou previamente agendada para o próximo dia 20 a Assembleia Geral para revisão do regimento interno do Conselho de Planejamento da Cidade e também para a constituição de uma nova comissão eleitoral, que ficará responsável por chamar e coordenar a eleição para a nova presidência do órgão. O processo anterior teve as duas chapas impugnadas – uma delas, porque seus integrantes não compareciam às reuniões do Conselho, e a outra porque um dos integrantes desistiu de concorrer, na última hora – o que levou à anulação de todo o trabalho feito nesse sentido. Agora, começa tudo de novo. Mas, além da eleição do grupo executivo, os membros do Conselho querem focar, principalmente, na questão da revisão do regimento interno. A ideia é promover alterações que ampliem a possibilidade de participação popular, através das entidades e órgãos representativos da sociedade, para dessa forma garantir maior respaldo nas deliberações e decisões. Os integrantes não gostaram da forma como a Câmara alterou proposições feitas com base técnica no Plano Diretor.
Mostrando como fazer coletivamente
O projeto Reeducar, atividade comunitária desenvolvida e coordenada pelo funcionário público e formando de Gestão Pública na Unipampa, Hermes Garcia, que é morador do bairro, continua dando exemplo de que o envolvimento da cidadania pode ser um dos meios mais efetivos de construir uma melhor condição de vida para as comunidades nas vilas – e, por extensão, em todo o município. Agora em parceria com a creche Dudu, na figura do diretor, professor Marcos, que não tem medido esforços para dar estrutura e sustentação às demandas e exigências de recursos e materiais para o desenvolvimento da revitalização da área do bairro, o projeto vem avançando cada vez mais. Já está em desenvolvimento, por exemplo, a estruturação de uma horta na creche, com dois eixos fundamentais, que são a produção de alimentos saudáveis para as crianças e o desenvolvimento da educação ambiental. A ideia é que 50% da produção obtida pela horta seja consumida na própria escolinha, pelas crianças que lá estão matriculadas, e os outros 50% as crianças levem para suas casas, ajudando na economia familiar, enriquecendo também as suas refeições em família. Um detalhe: o projeto Reeducar, através do trabalho de seus integrantes, entrega as leguminosas plantadas, mas as próprias crianças é que irão cuidar das plantinhas, limpando e regando os canteiros e desenvolvendo, assim, uma educação, tanto ambiental como alimentar, mais saudável. Paralelamente, os integrantes do projeto continuam realizando melhorias no bairro e promoveram, recentemente, uma intensa atividade de limpeza e plantio de flores e confecção de canteiros novos para agregar valor e beleza no ambiente externo e no entorno da creche Dudu.
Exemplo de fora
Banco fixo e inquebrável: sugestão do professor Sant’Anna
Sempre com um olhar atento para as questões coletivas, o economista e professor universitário Luiz Carlos Sant’Anna frequentemente apresenta sugestões de alternativas de soluções para problemas comuns – alguns dos quais, embora pareçam pouco prioritários, geralmente têm importância significativa em um contexto de grande complexidade e feito de tantos detalhes quanto a estrutura urbana. Recentemente, durante viagem pela Europa, reparou na praticidade e, principalmente, durabilidade de um modelo de banco para praça, na cidade-praia de Málaga, na Espanha. Fotografou, e trouxe para a Fronteira como sugestão para a Praça Flores da Cunha, a popular Pracinha dos Cachorros, ou qualquer outro logradouro público. Sugere, ainda, que alguma empresa de artefatos de cimento possa criar um molde de banco com essas características, para vendê-los em Livramento e outras cidades. “O banco é eterno, pois é quase impossível mexê-lo ou quebrá-lo”, garante.
Efeito sardinha
Outra das preocupações do professor Luiz Carlos Sant’Anna é com relação aos efeitos das alterações promovidas pelas emendas legislativas ao texto do Plano Diretor de Livramento. E imagina os reflexos disso já em um exemplo bem atual: a ampliação do prédio da Unipampa, no mesmo local. “Em breve teremos ali bem mais de mil alunos, mais de centena de professores, e (pela nova lei) será exigido que se faça garagem para… 16 carros. Teremos assim, uns 500 veículos naquela quadra, sendo 484 na rua. Imaginem como será a redondeza da Universidade: só estaciona quem chegar dez horas antes e vai ficar dez quadras longe”, prevê ele, torcendo, porém, para que os responsáveis pela elaboração do projeto de aumento do campus consigam encontrar soluções adequadas para essa problemática questão de logística urbana.
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