País de surdos e cegos

O que há de errado com nosso país? O que acontece com o governo? Será que somos todos cegos? Por que tanta iniquidade e desonestidade são intensificadas diariamente nas manchetes dos jornais?

Ao longo dos últimos anos, e depois de ter passado quase nove anos de comando da “esquerda”, que eu ajudei colocar lá, temos visto um governo que se esqueceu de governar. Com tanta corrupção e falta de ação para com a saúde, educação e segurança, concluímos que o governo não governa. Apenas se preocupa em olhar para trás, a esmagar e triturar os cidadãos com mais impostos e a amaciar a vida dos que não cumprem as leis. Crimes de políticos contra a sociedade, excesso de liminares, juíza corregedora criminando juízes, etc., está a nos assustar com a inoperância do judiciário que só reza para descrentes por reforma do código penal.

Todas essas frases e palavras não são suficientes no novo léxico de qualquer pessoa com mais de 40 anos. Aliás, nesta passagem, estou certo que muitos leram nos jornais, relatado e conversado com pessoas que antes viviam no Estado de Exceção, hoje democracia, que agora políticos desonestos estão tentando ascender ao poder na maior malandragem. “Antigamente os cartazes nas ruas com rostos de criminosos ofereciam recompensas; hoje em dia pedem votos.”

Depois de informar-nos de algo que não temos culpa pela falta de leis mais duras para com os desonestos. Como não se preocupar com os serviços públicos da nossa nação? Devemos nos expressar nas urnas, agora e todos juntos, as gerações de ontem e de hoje e dizer NÃO. Decidir dizer “basta”. Enquanto tudo isso está acontecendo e está atordoando nossas vidas diariamente, nos esquecemos de coisas mais luminosas, como as 140 medalhas conquistadas por mérito próprio dos nossos atletas em Guadalajara.

Nasci em um país onde joguei futebol na rua, gritando gol, onde para parar de jogar para o jantar, olhávamos para a noite como um último gol. Nasci em um país aonde caminhávamos para uma escola que nunca faltava professor. Se andávamos rumo à biblioteca ou participando dos jogos estudantis da primavera, tudo era normal. E ainda, os colegas de aula com mais dificuldade não se abandonava no escuro.

Hoje, nove anos depois dos trabalhadores chegarem ao poder, vivemos num medo generalizado pela violência, onde ninguém anda muito quieto, e seria uma loucura pensar em enviar um filho ou parente mais novo para a escola sozinho, ou jogar futebol na rua até tarde. Talvez em alguma cidade deste país ainda se possa manter esses hábitos, mas a verdade é que perdemos valores e costumes muito importantes por culpa das tramoias destes governos. Além disso, zombar de nós mesmos pode até aliviar certa decepção com a soberania popular, e isso, pode ser um retrocesso da nossa sociedade.

Como cidadão sinto-me destratado, sempre imaginei um país com vocação ao progresso, mesmo às vezes injusto, mas a caminhar rapidamente para frente com um serviço público de qualidade. Estamos à beira de um choque, com certeza as prioridades destes governantes cegos e surdos não são as prioridades dos cidadãos.

Com grande tristeza temo ter que dizer ao meu neto, a caminho, como era maravilhoso viver no nosso país!…

Carlos Alberto Potoko

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