Plantio está atrasado frente à média histórica do período

Outras lavouras apresentam oscilações, dependendo da região de investimentos

Plantio de trigo: tempo tem prejudicado o desenvolvimento das lavouras

A inconstância do tempo tem prejudicado o plantio do trigo, que não evoluiu de maneira satisfatória no último período, chegando a 12% do total projetado. Este é o mesmo percentual verificado na safra passada nesta mesma época, que, aliás, apresentava as mesmas condições climáticas registradas atualmente, com dias muito úmidos e chuvosos. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, pela média estadual, o percentual deveria ser de 25%. Na região de Santa Rosa, uma das maiores produtoras de trigo do RS, o percentual de área plantada chegou a 11% nesta semana, preocupando os agricultores. Em algumas situações, os agricultores arriscaram realizar o plantio mesmo com o solo bastante encharcado, que poderá dificultar uma melhor germinação.

Já na região de Passo Fundo (Planalto), onde o plantio se realiza mais tarde, os triticultores estão realizando pedidos e reservas de insumos, elaborando projetos técnicos de custeios junto aos escritórios da Emater/RS-Ascar e firmas de planejamento agrícola, com vistas a conseguir recursos junto aos agentes financeiros para o custeio das lavouras. Os triticultores planejam iniciar o plantio após o dia 15 de junho, concentrando a semeadura na segunda quinzena de junho, ou mesmo no início de julho.

Canola – A lavoura da canola no RS está em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo (estágio de roseta), com bom stand. Ainda não foi concluído o levantamento de estimativa de plantio, mas somente na região do Planalto deverá ser plantada uma área de 16 mil hectares. No Alto Uruguai, o bom preço recebido pelos produtores provocará um pequeno aumento, estando já semeada uma área próxima aos mil hectares. No Noroeste do Estado, a área estimada é de 3,8 mil hectares. Nas regiões do Noroeste Colonial e Alto Jacuí, deverão ser plantados próximos a 4,5 mil hectares.

Cevada – A semeadura avançou nas várias regiões de plantio e a expectativa é de uma lavoura no Estado próxima a do ano anterior, de 40 mil hectares. Nos próximos períodos deveremos informar a estimativa inicial de área para o RS.

Citros – A principal atividade na citricultura é a colheita de cultivares precoces, como as laranjas do Céu, Umbigo, Bahia, Shamouti e Seleta, as bergamotas Caí e Ponkan, e a lima ácida Tahiti. Em contrapartida, o ingresso de um maior volume de frutas para comercialização fez com que os preços despencassem entre todas as variedades.

Em relação à lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, observa-se boa carga de frutos de diversas fases, deixando os produtores muito satisfeitos, apesar da queda nos preços nas últimas semanas. O frio recente tem apressado a maturação das frutas, causando queda das mesmas, forçando a colocação no mercado, depreciando os preços.

Uma indústria de Pareci Novo, que trabalha com extração de óleo essencial de bergamotas, está testando a extração de óleo da casca da lima ácida Tahiti e, para tanto, realizou a aquisição da fruta, pagando R$ 0,30/kg.

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