Santa Casa enfrenta novo desafio para aquisição de equipamento cirúrgico

O chamado “Arco Cirúrgico” é peça fundamental nas intervenções cirúrgicas, principalmente em casos relacionados à traumatologia e hemodiálise

Direção da Santa Casa de Misericórdia corre contra o tempo para adquirir o equipamento para o bloco cirúrgico

Mais de cem anos de história e uma longa lista de dificuldades que são enfrentadas pela Santa Casa de Misericórdia de Sant’Ana do Livramento. Ainda tentando se reerguer, desde que teve suas portas fechadas em outubro de 2009, e reabertas mediante um esforço coletivo, em ato que aconteceu no dia 16 de março de 2010, o hospital santanense luta com todas as forças para sair da difícil situação financeira em que foi mergulhado e que culminou com um dos atos mais tristes de sua história. Atualmente, com as portas abertas e atendendo à comunidade, a administração da Santa Casa de Misericórdia vez por outra se depara com novos desafios que têm a capacidade de testar a coragem daqueles que estão no pelotão de frente tentando assegurar com todas as forças o melhor atendimento possível para aqueles que eventualmente venham a necessitar dos serviços prestados no local. Agora, um novo susto faz com que a direção da entidade venha a público tornar visível uma situação considerada grave. Um dos equipamentos mais importantes do bloco cirúrgico da Santa Casa, o chamado arco cirúrgico, simplesmente não tem mais condições de funcionar.

O diagnóstico, segundo o Administrador do hospital, José Milton Rosa, não tem mais conserto, e é necessária a aquisição de um modelo novo, que custa em torno de R$ 150 mil reais. O problema é que a Santa Casa não dispõe desse valor. “Esse equipamento também é usado para os paciente que fazem hemodiálise, e o que era antigo, agora está completamente parado e sem condição de ser reparado”. Ele auxilia no processo cirúrgico, principalmente na área de traumatologia. Além disso, é utilizado para a colocação de cateteres. O nosso já era antigo e vinha com muitas dificuldades de funcionamento. Já não tinha a melhor imagem e agora parou de vez. Casualmente, o equipamento de Rio Grande, que também nos atende por vezes, está quebrado. Até me surpreendo que um hospital daquele porte tivesse apenas um. Ou seja, a situação está muito complicada para pacientes que carecem desse equipamento”, afirmou o administrador, que disse ainda que o diagnóstico foi dado recentemente, apesar do mesmo ter estragado há cerca de 15 dias. “Caso seja necessário e cheguemos a um ponto sem solução, vamos ser obrigados a buscar recursos internos e fazer um grande sacrifício para adquirir, o que oneraria outros setores. Estamos em busca de uma solução que possa atender à nossa necessidade. De qualquer maneira, antes de cogitar usar recursos próprios, precisamos buscar outras alternativas, porque o nosso endividamento hoje é muito grande”, afirmou o Administrador. José Milton Rosa fez questão de relatar o problema porque, segundo ele, é importante que a comunidade tome conhecimento do fato assim como o pode público.

Secretário

Ainda na tarde de ontem, o secretário de Saúde do Município, Valmir Silveira, foi procurado para comentar a situação, uma vez que boa parte dos pacientes que precisam utilizar o equipamento são levados para outras cidades sob a responsabilidade da sua pasta. Silveira disse que quando a administração da Santa Casa de Misericórdia esteve a cargo do hospital Mãe de Deus, na lista de novos equipamentos que precisavam ser adquiridos não constava o arco cirúrgico. Segundo o secretário, esse foi um equívoco, já que o mesmo já apresentava sinais deficientes. “A governadora Yeda Crusius liberou verbas para compra de equipamentos, que foram adquiridos, e esse, bem como um novo raio-x, poderia ter sido adquirido também. Agora, estamos em um novo processo, que já foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde, e que está em Alegrete, no total de R$ 707 mil reais para comprar o arco e o raio-x. É verdade que é um processo lento e burocrático. Não vou dizer que estamos com dificuldade, mas está tramitando em Alegrete e tem burocracia, mas sei que o hospital precisa para ontem. Se começar a demorar muito para ser aprovado no conselho de secretários, vamos buscar a intervenção direta do secretário de Saúde do Rio Grande do Sul. Tem outros equipamentos junto no pedido que estão atrasando o processo. O que temos acertado com o administrador da Santa Casa, é que se tivermos muita dificuldade, nesse caso vamos esperar até o fim do mês, vamos direto ao secretário pedir recursos para comprar esse equipamento. Sabemos que é muito caro, em torno de R$ 150 mil reais e mais um raio-x que está em torno desse valor, mas vamos nos empenhar para solucionar o mais breve possível esse problema”, afirmou o secretário de Saúde de Sant’Ana do Livramento, Valmir Silveira.

 

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