Fratura no Brasil, conserto no Uruguai
Decisão dos traumatologistas faz com que pacientes do SUS sejam levados para Rivera
Todas as ocorrências que envolvam fraturas serão encaminhadas para a cidade de Rivera
Agora, em Sant’Ana do Livramento, é assim: fraturou no Brasil, receberá atendimento na rede de saúde de Rivera, através do acordo firmado entre a Santa Casa, Prefeitura Municipal e os traumatologistas uruguaios.
Desde a meia noite de ontem, com a recusa da contraproposta feita pela Santa Casa de Misericórdia e que ainda contaria com um aporte maior de recursos, cerca de R$ 6.000,00 (seis mil reais), de acordo com o Prefeito Wainer Machado, os três médicos traumatologistas que atuam na cidade não quiseram dar continuidade às suas atividades para atendimento via SUS – Sistema Único de Saúde. Desta forma, sem a cobertura deste tipo de especialidade na cidade, todas as ocorrências que envolvam fraturas serão encaminhadas para a cidade de Rivera, inclusive com a liberação de entrada das ambulâncias do sistema Samu.
De acordo com o prefeito Wainer Machado, há a necessidade de entender as exigências dos médicos, porém, de acordo com ele, os profissionais também precisam entender que não existem mais recursos disponíveis para melhorar a proposta. O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Sant’Ana do Livramento, Carlos Vieira, disse que agora a resposta está nas mãos dos traumatologistas. “Os colegas resolveram renunciar ao convênio por questões salariais, isso entendemos, mas não temos como atender as suas demandas nesse momento. Assim sendo, fomos novamente a Rivera e os profissionais de lá estão atendendo todos os nossos casos, salvo aqueles de maior complexidade, que continuamos enviando para a nossa cidade de referência, no caso, Rio Grande”, afirmou o provedor. Carlos Vieira salientou, ainda, que agora todas as medidas estão sendo tomadas para que não surjam problemas adicionais dentro daqueles que já existem, sem a presença de traumatologistas que atendam pelo SUS em Livramento.
Visivelmente indignado, o prefeito Wainer Machado disse que a proposta de aumentar os vencimentos dos profissionais foi feita, mas que não há como repassar valores maiores.
Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com
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