Semana Municipal de combate ao abuso sexual
Santanense participou da abertura do evento e relatou traumas da infância sofridos na própria família
Angélica Chaves, santanense, foi abusada sexualmente pelo pai desde os sete anos de idade e pelo meio irmão até completar os 17 anos. Angélica engravidou duas vezes e conta que foi desprezada pela família. Precisou se prostituir para sobreviver e hoje, ainda luta para superar os traumas dos abusos sofridos dentro da família.
Este depoimento fez parte da palestra de abertura da Semana Municipal de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra crianças e adolescentes. Sérgio Levi, Coordenador do Movimento Meninas e Meninos de Rua, contou para a reportagem que é um trabalho que se preocupa com a saúde e bem-estar dos jovens nas famílias.
A semana promoverá palestras de vários temas em escolas e projetos da sociedade. A Palestra Violência nas Escolas será ministrada hoje, dia 14, nas escolas Maurício Cardoso, Pedro Alencastro, Pacheco Prates, Hector da Costa e Galpão Negrinho Pastoreio.
Na palestra da abertura, Angélica apresentou o livro que escreveu sobre o tema: Lágrimas de Silêncio, a história de Angélica, violentada, abusada e prostituída. Uma sobrevivente do incesto que destacou também a importância da discussão do tema nas escolas e centros comunitários, como forma de alertar e prevenir maiores sofrimentos para as crianças e adolescentes.