Rotina alterada pelo horário de verão no Uruguai volta ao normal no fim de semana

Muitos locais alteraram sua rotina de trabalho. Em outros, as pessoas tiveram que se adaptar

Júlio Cesar Rodrigues e Letícia Lopes, funcionários do restaurante do Solar Dom Pedro

Com o horário de verão em vigor no Uruguai desde o último dia 3 de outubro, muitas pessoas que têm relação com os dois lados da Fronteira tiveram que readaptar a sua rotina para driblar a diferença de uma hora a mais que vigora na cidade de Rivera. São pessoas que moram em Livramento e trabalham em Rivera, e uruguaios que trabalham aqui em Sant’Ana do Livramento. Pensando nisso, muitas empresas do lado brasileiro adaptaram seus horários para continuar mantendo o atendimento de acordo com o lado uruguaio da Fronteira, que centraliza o atendimento e a maior parte do movimento comercial da Fronteira. Este fato foi identificado em restaurantes como o Solar Dom Pedro, localizado na avenida João Goulart, próximo à Receita Federal. Conforme a secretária do local, Letícia Lopes Moreira, o horário foi adaptado para atender aos uruguaios que vêm almoçar no restaurante “com o início do horário de verão no Uruguai, passamos a disponibilizar o almoço para nossos clientes, a partir das 11h da manhã do horário brasileiro. Ela destacou que a necessidade desta adaptação foi constatada já no início do horário de verão do ano passado, primeiro ano de atividade do restaurante. O maior público registrado no local é sempre de brasileiros, com excessão do domingo, quando os uruguaios são maioria.

Diferencial

Trabalhando somente com buffet e grelhados, no qual o cliente se serve sem a necessidade de esperar pelo prato, a direção aposta nesta forma de trabalho para agilizar o atendimento aos clientes, que muitas vezes estão fazendo compras e não costumam esperar muito por pratos “a la carte”.

Dificuldades com horário, também nas escolas

Elma Fontora López, diretora da escola 140 em Rivera: “Temos que ficar mais tempo com os alunos”

Já na escola 140, localizada na rua Anollés 446, uma das tantas existentes em Rivera que aceitam em suas turmas alunos brasileiros, a diretora da escola, professora Elma Fontora López, destacou que praticamente durante as duas semanas que separam o horário de verão uruguaio – iniciado no dia 3 de outubro – do brasileiro, que inicia na madrugada deste sábado para domingo, as crianças tiveram que permanecer por um período maior dentro da instituição, devido à impossibilidade seus pais de buscarem seus filhos em horário normal. “São duas semanas em que temos esta defasagem de horário. Temos dias em que ficam até 12 crianças esperando por seus pais na frente da escola, mas entendemos a situação vivida por estas pessoas que trabalham no comércio santanense e se veem impossibilitados de vir à escola no horário correto. Estas pessoas teriam que deixar seus filhos uma hora antes e buscá-los uma hora mais cedo na escola, e isso é praticamente impossível para grande parte deles, por isso as crianças ficam aqui na escola aguardando sempre com a supervisão de um funcionário até o horário que seus responsáveis possam comparecer à escola”, destaca a diretora.

Apesar disso, ela comenta que os alunos não chegam a ser prejudicados no andamento de suas lições dentro de sala de aula.

Algumas turmas tiveram alunos cujos próprios pais avisaram que os mesmos viriam mais tarde durante estas duas semanas, por questões de adapatação de horário à rotina da família, que exerce atividade profissional na cidade.

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