VEC, a nova “touca” vermelha

Soares marcou no início do segundo tempo o gol do Veranópolis sobre o Inter, que pela quarta vez  perde sua invencibilidade na serra

Inter, de Valdívia, pressionou muito na etapa final, mas desperdiçou chances e acabou sofrendo a primeira derrota no Estadual

O Veranópolis bem que poderia herdar do Juventude o emblema de “touca” do Internacional. Pela quarta vez no Campeonato Gaúcho o Inter perde a invencibilidade diante do clube da serra. Ontem, no Antônio David Farina, os reservas colorados foram as vítimas do time de Julinho Camargo, que pela segunda vez quebra uma série invicta do Inter, que até ontem havia perdido apenas um ponto no Gauchão.

O Internacional viu um filme se repetir, na 10ª rodada do Gauchão. Assim como 2013, o Colorado perdeu a invencibilidade diante do Veranópolis. O Déjà vu foi completo com o lance que rendeu a primeira derrota: um escanteio no começo da partida. O revés mancha a estreia de Dida, grande atração em uma equipe cheia de reservas.

O gol da vitória do VEC foi marcado por Soares. No ano passado, na mesma grande área, Jonas derrubou a série do time dirigido por Dunga. Nesta temporada, o tropeço não muda a situação vermelha na tabela.

O Inter segue líder do grupo A, com 25 pontos. Já o Veranópolis chega aos 19 e fica mais próximo da classificação para a próxima fase. O resultado mantém o jejum vermelho, que venceu a equipe da Serra Gaúcha pela última vez em 2008.

Sem Juan, Willians, D’Alessandro, Aránguiz e Rafael Moura o Internacional não conseguiu se impor. A forte marcação do Veranópolis, que montou duas linhas de quatro e pressionava o Colorado na saída de bola, induziu o time reserva de Abel Braga ao erro.

Logo aos 6 minutos o estreante Dida levou um susto. Depois de falta da esquerda, Léo D’Agostini subiu mais que a zaga e acertou o travessão. A resposta vermelha saiu dos pés de Augusto, que recebeu de Alan Patrick e chutou rasteiro. César espalmou.

Pouco tempo depois, o Déjà vu do Internacional. Em 2013, Jonas aproveitou escanteio da direita e marcou de cabeça para o VEC. Neste domingo, o lance se repetiu. No mesmo gol. Na mesma jogada.

George Lucas mandou para área, Soares se livrou da marcação e desviou no primeiro poste. Um gol quase idêntico ao que sofreu o Colorado comandado por Dunga, no ano passado.

“Fomos tirar o cara de cima do Dida e ele fez o gol. Não podíamos ter levado gol de bola parada”, disse Wellington Paulista, que estava na marcação de Soares no lance.

Em desvantagem, o Inter tentou pressionar mais. Os donos da casa passaram a esperar por mais espaços. E desta forma, Juba quase marcou um belo gol. O meia deu dois dribles e deixou João Afonso caído no chão, mas o chute colocado foi para fora.

O melhor momento do Colorado foi com Ernando. O zagueiro cabeceou após escanteio e obrigou César a fazer uma defesa de dois tempos. Antes, porém, Alan Ruschel se envolveu no lance polêmico: o camisa 16 invadiu a grande área e foi derrubado. O árbitro Francisco Silva Neto chegou a esticar o braço, indicando pênalti, mas no fim não marcou o lance.

Na etapa final, com Caio e depois Eduardo Sasha, o Colorado partiu para cima com tudo. Wellington Paulista quase marcou, mas não chegou a tempo de desviar em cima da linha. Depois, Caio acertou o travessão de César. Nos minutos finais, no desespero, Abel sacou Cláudio Winck e botou Aylon. Mas o radicalismo não evitou a derrota. E o Déjà vu se confirmou com a vitória do VEC e a primeira derrota de Abel Braga no regional.

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