Usuários de Posto de Saúde reclamam da demora

No posto do CAIC, pacientes dizem que passar a tarde toda aguardando a liberação das fichas é fato comum e que precisa ser rapidamente modificado

Usuários questionam a demora no procedimento de liberação das fichas para atendimento no posto do Caic

Demanda antiga, problema recorrente e a mesma reclamação que se repete pelos postos de saúde da cidade, ou seja, a demora no atendimento. Agora, foi a vez de um grupo de pacientes que aguardava desde as 13h em frente ao Posto de Saúde do CAIC, um dos mais procurados da cidade.

Revoltado com a demora no atendimento, Hildo Luciano Gonçalves, padeiro de 39 anos, resolveu chamar a reportagem do Jornal A Plateia para tentar obter ajuda e entender os motivos pelos quais os usuários do serviço prestado no local têm que esperar por tanto tempo antes do atendimento. “Minha esposa está em casa com fortes dores no peito. Vim para cá correndo por volta das 13h para tentar conseguir um número que garanta a ela o atendimento com a cardiologista. Ao chegar aqui, fui informado que somente seria preenchida a ficha para o atendimento às 18h, momentos antes da chegada da médica. Questiono por que o procedimento é assim, já que se o número fosse dado mais cedo, eu teria tempo de ficar mais perto da minha esposa e não teria que passar a tarde toda aqui para garantir um lugar na fila, deixando ela sozinha com a saúde em estado delicado”, afirmou Luciano.

Enquanto aguardava na fila, o próprio reclamante acabou passando mal e precisou ser auxiliado pela mãe que, por sua vez, também precisou aguardar na fila para conseguir marcar consulta para o filho.

Hildo Luciano (e) e sua mãe, Cecília Corrêa (d), acreditam que o processo precisa ser melhorado

Atendimento

No balcão de atendimento do posto, a atendente disse que este é o procedimento que lhe foi repassado e que é exatamente assim que funciona todos os dias.

“Não adianta as pessoas virem para cá cedo, porque não trabalhamos com distribuição de números. Os atendimentos são feitos por ordem de chegada e a médica atende 14 pacientes por vez”, explicou ela.

Do lado de fora, sem a estrutura adequada para aguardar o atendimento, cerca de 15 pessoas, entre jovens e idosos, aguardavam o restante da tarde até chegar a hora de confessar seus problemas de saúde para a médica que iria atender no local. Abrigados no ponto de ônibus em frente ao colégio, sem espaço e em condições precárias, os santanenses fizeram questão de pedir para que a Secretaria de Saúde repense o formato escolhido para o atendimento daqueles que precisam. “Sabemos que a atendente do Posto de Saúde não tem a menor culpa pelo atendimento que recebemos. Regras são regras, e ela está apenas fazendo o papel dela. O que precisamos é que as autoridades pensem em uma maneira de dar um pouco mais de conforto e garantia no atendimento das pessoas que tanto necessitam e que não têm outras alternativas”, explicou Cecília Corrêa, 65 anos, mãe de Hildo Luciano. Segundo a chegar na fila, Raimundo Cardoso disse que foi para o local por volta das 13h. “Sei que vou ser o segundo a ser atendido, porque cheguei cedo e passei toda a tarde aqui esperando sem as mínimas condições. É muito ruim ficar nessa situação para poder conseguir um número e receber o atendimento de saúde”, afirmou ele.

Coordenação

Procurado pela reportagem do Jornal A Plateia para comentar o procedimento, o Coordenador dos Postos de Saúde em Sant’Ana do Livramento, Everton Diniz, disse que esta é a forma de atendimento em todos os postos. “As pessoas não precisam sair de casa tão cedo para buscar atendimento. Todos os santanenses estão sendo, e continuarão a ser atendidos pelos médicos que atuam em cada um dos postos. As pessoas não precisam sair de casa ao meio-dia, por exemplo, para um atendimento que é feito às 18h. Dá tranquilamente para chegar às 17h, preencher a ficha e ser atendido em seguida, permanecendo o menor tempo possível nos postos”, afirmou o coordenador, ao reafirmar que este é o procedimento adotado em todos os locais na cidade e que está funcionando.

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2 Comentários

  1. Juh Kupper

    pra eles é tudo muito facil… como sair as 17hrs se sao poucos os n ºs pra tanta gente
    imagina que teve um que chegou as 13 hrs e sabia que seria o segundo a ser atendido imagina se ele deixa para vim as 17 hrs nao consegue nº para ser atendido é uma vergonha ter que ver as pessoas no olho do sol sentados numa parada as vezes ate mesmo no chao esperando atendimento sendo que nao tem a minima estrutura para que as pessoas aguardarem sentandos num lugar apropriado realmente é lamentavel mas essa é a nossa livramento

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