Posto Médico está sem atendimento de pediatra

Unidade da Simon Bolívar está sem especialista para atender crianças da localidade

Rosemar buscou pediatra para a filha, ontem pela manhã, e não encontrou

O melhor posto médico da cidade, como é considerado pela equipe de funcionários da área da saúde municipal, possui toda infraestrutura necessária para atender satisfatoriamente a carente população situada no núcleo habitacional Simon Bolívar. Porém, quando se trata de oferecer profissionais especialistas, como pediatra, a situação é diferente.

A moradora Rosemar Vieira de Melo possui dois filhos que sofrem de asma. Sua filha mais nova, de apenas um ano e quatro meses, acordou no dia de ontem com crise asmática, e Rosemar, então, dirigiu-se ao Posto Médico e não encontrou atendimento para sua filha. “Liguei para a Secretaria de Saúde pedindo que tomassem providências e me mandaram ir até o Posto do CAIC, dizendo que lá tem médico. Mas eu não posso ir até lá com minha filha neste tempo para ela piorar (na manhã de ontem, o clima era de forte névoa e neblina). E também, até que eu chegasse ao Posto do CAIC, não ia encontrar números disponíveis para que minha filha fosse atendida”, explica Rosemar.

Segundo a opinião da moradora, é imprescindível a presença de pediatra na localidade, tendo em vista o elevado número de crianças que residem na área.

Segundo as agentes de saúde atuantes no Posto Médico, todo o problema iniciou quando os pediatras que trabalhavam na unidade foram transferidos para outro Posto Médico. No entanto, já foi designado novo profissional para atender a população, todos os dias no local, desde a última segunda-feira, dia 21.

Porém, segundo o que sabem as agentes de sáude, o novo profissional passou por problemas pessoais, em que o veículo utilizado para sua locomoção teria estragado, impedindo, assim, seu deslocamento até o núcleo habitacional. “Falamos com os responsáveis por essa parte e nos disseram que tentariam conseguir um carro da Secretaria de Saúde para trazer o médico até o posto. Tentamos também falar com o pediatra, mas não conseguimos”, contam as profissionais.

A reportagem de A Plateia ouviu o Dr. Adalberto Rossés, responsável pelos Postos de Saúde, que esclareceu alguns pontos sobre o caso.

A Plateia: Por que o Posto da Simon Bolívar está passando por este problema de falta de profissional?
Dr. Adalberto: Estamos passando por um momento de reestruturação no atendimento pediátrico oferecido pelo SUS. Tendo em vista que a Simon Bolívar é uma comunidade isolada, entendemos que necessita de atendimento específico e permanente. Por isso, designamos um médico que atenda de forma contínua no local, todos os dias. Mas, por ser uma área isolada, este profissional passou por problemas de acesso, mas já estamos trabalhando para que a situação seja regularizada, e a partir de segunda-feira o médico estará trabalhando normalmente.

A Plateia: E enquanto o pediatra não voltar, como as crianças doentes serão atendidas?
Dr. Adalberto: Em casos como dessa moradora que estava com a filha doente, procedemos da seguinte maneira: a enfermeira telefona do Posto Médico para a Secretaria de Saúde e um automóvel vai até o local buscar o paciente para levar a outra unidade, onde possa ser atendido. Eu, particularmente, atendo no Posto da Tabatinga, e hoje, inclusive, 25 crianças consultaram comigo.

A Plateia: Mas nesse caso, a moradora Rosemar contou que telefonou para a Secretaria de Saúde e que a aconselharam a procurar o Posto do CAIC.
Dr. Adalberto: Sim, reconhecemos que a assistência falhou nesse caso. Não sei quem a atendeu na Secretaria, mas o correto seria que um veículo fosse buscá-la.

 

 

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