Coordenação da Sala Lilás avalia encontro que tratou sobre unificação de dados
A assistente social Eleonora Machado Gonçalves, coordenadora da Sala Lilás, do IGP de Livramento, fez uma avaliação, na sexta-feira, 10, da reunião de trabalho realizada no dia anterior, que tratou sobre a centralização dos dados sobre violência doméstica em Livramento. “Essa participação dos órgãos da Secretaria de Segurança (Polícia Civil, IGP, Brigada Militar), que em conjunto com instituições da comunidade santanense, Centro de Referência da Mulher e Secretaria de Saúde, acreditam na importância do levantamento e análise de índices desta realidade de dor – violência doméstica e familiar. Destaco a excelência dos participantes e a colaboração entre esses órgãos – a união faz a força e descaracteriza crença. Com o movimento feminista, a partir da década de 1970, buscou-se o reconhecimento da violência contra a mulher como um grave problema social, como uma violação dos direitos humanos e a necessidade da intervenção do Estado para cessar essa prática. Desta forma, a criação e implementação de políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher torna-se fundamental. Com o objetivo de conjugarmos esforços e fortalecer a Rede Lilás, marcamos esta reunião, na Sala Lilás, no Instituto Geral de Perícia – IGP – para detalhar e integralizar nosso serviço. A violência doméstica sexual e outras violências foram incluídas através da portaria nº104 do Ministério da Saúde, em 25 de janeiro de 2011, no SINAN (Sistema de Notificação Compulsória), e devemos sistematicamente notificar a Vigilância Epidemiológica sobre dados referentes à denúncia, encaminhamento e atendimento da vítima”, destacou.
A coordenadora também enfatizou que a Secretaria de Segurança Pública está promovendo cada vez mais a integração de todos os órgãos de segurança, com o objetivo maior de atender a comunidade. “Acreditamos, também, que melhorando o acolhimento à vítima, como é a proposta da Sala Lilás no IGP, ajuda-se a romper o silêncio e estimula-se a denúncia. A notificação da ocorrência, o encaminhamento adequado das mulheres em situação de violência é, na verdade, a humanização que objetivamos com a rede de atendimento. Por isso, a sintonia com os órgãos da Secretaria de Segurança Pública e demais instituições da nossa cidade é um símbolo de construção social. Outro aspecto a destacar é que através destas notificações podemos ter dados fiéis da nossa realidade. A conscientização do problema social que é violência doméstica e familiar tem que ser uma informação adequada com enfoque científico e não mais empiricamente, pois assim ajudamos a quebrar crenças erradas que culturalmente prevalecem em nossa sociedade”. O gráfico fornecido pela Vigilância Epidemiológica de Livramento mostra a violência doméstica e familiar tradicional contra as mulheres. “A Sala Lilás é uma realidade, pioneira e efetiva no sentido de que o Estado cumpre seu papel, procurando em rede empunhar essa bandeira”.
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