Santanense participa de transplante de fígado em criança de seis meses

Renata Guedes faz parte da equipe clínica que realizou a primeira cirurgia do tipo, no Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre

A pediatra, Dra. Renata Rostirola Guedes

Na véspera de 2014, dia 31 de dezembro, recebeu alta do Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre, o bebê Raizo Weber Stash, que com apenas seis meses foi submetido a um transplante de fígado por conta de uma doença rara. A criança foi diagnosticada tardiamente com atresia das vias biliares, que causa a obstrução dos canais biliares, impedindo o fígado de se comunicar com o restante do organismo. O transplante foi intravivos – quando o doador e o receptor estão vivos –, o fígado foi doado pelo tio do menino, que recebeu alta dois dias após a cirurgia, ocorrida no dia 13 de dezembro, no Hospital Dom Vicente Scherer, e que durou cerca de 10 horas e evolveu mais de 40 profissionais, entre eles a santanense Renata Rostirola Guedes, filha do saudoso médico pediatra, Dr. Ivoney Guedes.

Renata nasceu em Livramento, se formou em medicina em 2007, na URGS, se especializou em pediatria e, logo após, em gastro pediatria. Ela faz parte da equipe clínica que tratou Raizo antes e após o procedimento cirúrgico. A médica conta que é um orgulho trabalhar com renomados profissionais, como a coordenadora da equipe clínica do hospital, Dra. Cristina Targa Ferreira, o coordenador cirúrgico, Dr. Antônio Kalil, e a diretora do hospital, Dra. Themes Reverbel da Silveira. “Estou muito feliz em trabalhar com essa equipe, somos diversos profissionais, muitos são jovens, mas é fantástica a coordenação dessas pessoas. Nós temos muitos projetos que estão sendo organizados. Este transplante é o resultado de um longo trabalho que vinha sendo desenvolvido”.

Raizo, um dia antes de ter alta no Hospital Santo Antônio

Segundo Renata, foi realizada uma parceria com o pessoal do transplante hepático do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo. “Entre os mais de quarenta profissionais que participaram deste primeiro transplante intervivos do hospital, contamos com psicólogos, assistentes sociais e pessoas do Hospital Sírio Libanês, que têm muita experiência neste tipo de cirurgia”, contou.

 Diagnóstico

A gastro pediatra afirma que o diagnóstico da doença em bebês pode ser feito logo após os primeiros 15 dias de vida, evitando, assim, o agravamento do problema. Segundo ela, quando a criança estiver com a cor da pele amarelada e apresentando fezes com a coloração branca, os pais devem solicitar que o pediatra realize um exame sanguíneo. Caso este exame detecte a doença, a criança deve ser encaminhada imediatamente a um centro de referência. 

 

 

 

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