Testemunha chave foge do hospital, mas é localizada pela Polícia

Em depoimento, Paulo Roberto afirmou que não estava bebendo com as outras três vítimas

Paulo Roberto Paulino da Rosa foi ouvido após fugir do hospital

Paulo Roberto Paulino da Rosa, de 35 anos, único sobrevivente do desfecho trágico que vitimou três homens, por suposto envenenamento, fugiu da Santa Casa na manhã de sexta-feira, 13. Paulo Roberto havia recebido alta da UTI e sido transferido para o quarto, na noite de quinta-feira, 12. Depois das 9h15, do dia seguinte, horário em que foi visto pelo grupo de enfermagem, sumiu do hospital.

Apesar do corre-corre da Polícia no sentido de localizar o único sobrevivente, a vítima acabou cooperando com as autoridades policiais e prestou depoimento nesta sexta-feira. Conforme informações iniciais, Paulo Roberto disse que não estava presente com o grupo que morreu, e sua participação na história começou quando seu irmão e as outras duas vítimas começaram a solicitar a ajuda da comunidade.

A reportagem entrou em contato com a delegada titular da 1ª Delegacia de Polícia, Marlova Michele Guedes, mas não foi possível colher as informações do referido depoimento. Segundo ela, o delegado regional Eduardo Sant’Anna Finn assumirá o caso a partir de agora. Porém, também não foi possível obter a palavra do regional, que encontrava-se na cidade de Rosário do Sul.

A Polícia considera a vítima Paulo Roberto como testemunha chave para auxiliar no esclarecimento das mortes de Patrique Renan da Silveira Rodrigues, Daniel do Amaral Rodrigues e Adão Paulino da Rosa, ocorridas durante a madrugada da última quarta-feira, 11, após o grupo ter consumido um coquetel de pêssego, na Vila Santa Clara.

Pela manhã, o delegado Finn, que é titular da 12ª DRPC, enfatizou que há fortes indícios de que o veneno administrado ao grupo tratava-se de agrotóxico. “Estamos com uma equipe em Porto Alegre, providenciando exames toxicológicos. Está se fortalecendo uma suspeita de que esta intoxicação tenha sido causada por um determinado defensivo agrícola. Agora, estamos trabalhando em cima disso, para ver se fecham esta informação. Temos uma forte suspeita e estamos investigando a motivação para saber por que uma pessoa, ou mais de uma, teria tentado matar tanta gente assim”.

O delegado ressaltou, também, que a bebida apenas serviu de transporte para o veneno. “Dois médicos peritos afirmaram que este tipo de pesticida, se ingerido, pode causar uma intoxicação muito forte até a morte. Então, estamos trabalhando com esta suspeita técnica médica que está apontando para isso. Os resultados deverão sair em cerca de um mês, pois dependemos, agora, do departamento em Porto Alegre para o resultado”.

Sant’Anna Finnn esclareceu, ainda, que as suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas são muito pequenas. “Tem um pano de fundo de traficância, pouco provável. Uma dívida de droga poderia ser a causa disso, mas, geralmente, casos desse tipo são resolvidos com armas de fogo. A testemunha é apenas usuária e está descartada a possibilidade dele ser chefe do tráfico”, concluiu.

 

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