Patrulha Escolar alerta estudantes sobre abusos ou ataques

Apesar dos horários da manhã e tarde não parecerem perigosos, policial chama a atenção com dicas de prevenção

Um fato isolado, ocorrido no início da manhã de ontem, 13, na rua Francisco Reverbel de Araújo Góes, nas proximidades do viaduto do Armour, acendeu o alerta acerca dos principais cuidados que adolescentes e crianças devem ter no deslocamento de casa para a escola, e vice-versa.

Conforme informações de testemunhas, uma menina foi atacada, um pouco antes das 8h, por um desconhecido, na localidade. A solicitação de socorro da vítima foi percebida por outros colegas, que acionaram a Brigada Militar. As informações iniciais dão conta de que a jovem, cuja idade não foi possível precisar, sofreu uma tentativa de estupro. O agressor atacou a vítima pelas costas e chegou a derrubá-la no chão, tendo fugido em seguida, assustado, possivelmente, pelo movimento da via naquele horário. A jovem foi socorrida e encaminhada para atendimento dos órgãos competentes.

Para a Patrulha Escolar, da Brigada Militar, o susto serve de alerta para outras crianças e adolescentes, que não utilizam as dicas de segurança, que fazem muita diferença para evitar ataques como o que ocorreu nesta quarta-feira.

Os especialistas no assunto destacam que muitas pessoas acreditam que nada possa ocorrer neste horário (cedo da manhã ou à tarde), mas que para os maníacos é justamente a oportunidade de cercar a vítima que anda, às vezes, sozinha e distraída, no itinerário que lhe parece comum para o dia a dia.

O policial militar Euler Gomes Paulo informa à comunidade que é imprescindível prestar atenção em todos os fatos estranhos que possam aparecer durante o trajeto para a escola. Andar em pequenos grupos pode fazer a diferença. “Nós, da Patrulha Escolar, notamos nos atendimentos de casos de abuso sexual que chegam ao nosso conhecimento nas escolas, que os indivíduos que abusam sexualmente de crianças e adolescente, na sua maioria, são familiares, amigos íntimos da família ou pessoas conhecidas em quem as crianças confiam. Nos atendimentos de ocorrência, ao longo de 4 anos de trabalho, notamos que o perfil do abusador geralmente é de uma pessoa comum, que aos olhos sociais e familiares pode ser considerado uma pessoa normal ou até exemplar. Geralmente, é querida pelas crianças e adolescentes, e em regra usa da violência silenciosa, da ameaça verbal ou apenas velada. Uma dica da patrulha escolar aos pais é ficarem atentos a alguns sinais que as crianças e adolescentes demonstram quando estão sendo assediadas ou abusadas, como depressão, manifestação de incomodo ao ser tocado, persistente interesse em assuntos de índole sexual, alterações súbitas de comportamento, agressividade, tristeza, abatimento profundo, ou choro sem causa aparente e, principalmente, conhecimento sobre sexualidade inapropriado para a idade”. 

Dicas 

“Em reuniões e palestras em escolas, com pais, explicamos que, para segurança das crianças e adolescentes, os responsáveis devem tomar alguns cuidados, como, por exemplo, evitar que as crianças vão sozinhas à escola (a companhia de um adulto é sempre necessária); conversar com as crianças para não aceitar nada de desconhecidos (doces, balas, chicletes); explicar para elas que contem sempre com a ajuda de policiais ou segurança da própria escola; que expliquem também que quando estiverem esperando transporte para a escola, ou quando voltarem para casa, evitem os pontos de parada escuros ou sem movimento; que expliquem aos filhos que caso se sintam seguidos por algum estranho, entrem na primeira casa habitada e peçam socorro. Outra dica importante para os pais é informar aos filhos que se estiverem desacompanhados e alguém incomodar, gritem bastante para chamar a atenção. Muitas pessoas possuem dificuldade em denunciar casos de violência sexual às autoridades, geralmente por medo de represálias. A denúncia é a forma mais correta de se impedir que o abusador continue a praticar seus atos e que seja punido pela justiça. Por isso, existe o telefone do disque 100. Por meio do telefone 100, o usuário pode denunciar violências, colher informações acerca do paradeiro de crianças e adolescentes desaparecidos, tráfico de pessoas – independentemente da idade da vítima – e obter informações sobre os Conselhos Tutelares. A denuncia é anônima e é o meio mais fácil de ajudar nossas crianças”, finalizou o policial militar Euler Gomes Paulo.

 

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