Vacinação contra aftosa tem início nesta sexta

Segunda etapa vai até o dia 30 de novembro, com foco em bovinos e búfalos de até 2 anos de idade, sendo cerca de 6 milhões de cabeça no Rio Grande do Sul

Imunização do rebanho contra a febre aftosa está tendo início

A segunda fase de vacinação da campanha contra a febre aftosa começa nesta sexta-feira, 1º, e vai até o dia 30 de novembro. Nesta etapa, devem ser vacinados bovinos e bubalinos de até dois anos de idade, totalizando cerca de seis milhões de cabeças.

O Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, está investindo R$ 11 milhões na compra de oito milhões de doses da vacina entre as duas etapas. Elas são distribuídas gratuitamente a produtores que se enquadram nos critérios do Pronaf e da Agricultura Familiar e têm até cem animais por propriedade.

Na primeira fase, concluída em maio deste ano, das cerca de 14 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos, 97,7 % foram imunizadas, superando a meta estipulada pela secretaria, que ficava em torno de 90%.

O objetivo, agora, é igualar esse percentual, segundo Fernando Groef, coordenador do Programa de Febre Aftosa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio.

Mais de mil profissionais da Seapa, espalhados pelas coordenadorias regionais, participam do serviço. Contam com a ajuda de sindicatos rurais e, em alguns municípios, com grupos de voluntários que se somam à iniciativa.

O pecuarista que adquirir vacina em agropecuárias tem até cinco dias úteis depois do encerramento da campanha para entregar a nota fiscal de compra na Inspetoria de Defesa Agropecuária.

Mesmo se comprou ou retirou de graça a dose, ele deve comunicar também a quantidade de animais que vacinou.

O não recebimento das informações por parte da inspetoria pode fazer com que o rebanho apareça no sistema como não vacinado, estando sujeito a notificações e autuações.

Embora a declaração anual obrigatória seja feita na primeira fase, Groef dá a dica de que o produtor faça uma complementar para atualização do cadastro.

Com aftosa, o animal afetado apresenta uma febre alta que diminui após dois a três dias. Em seguida, aparecem pequenas vesículas na mucosa da boca, laringe e narinas e na pele que circunda os cascos (e que dão o nome da doença em inglês). Essas vesículas são pequenas bolhas resultantes de células afetadas pela multiplicação dos vírus que se coalesceram. Essas vesículas se rompem e o tecido conjuntivo de sustentação fica à mostra, na forma de ferimentos.

O líquido celular rico em novas unidades de vírus é liberado no ambiente quando essas vesículas se rompem. O animal passa a salivar, deixando cair fios de saliva (um quadro comum) e a claudicar, em função dos ferimentos associados às vesículas. O animal deixa de andar e de comer e emagrece rapidamente. As capacidades fisiológicas de crescimento e engorda, e de produção de leite, são prejudicadas por várias semanas a meses. Animais novos, especialmente terneiros, podem morrer de forma aguda com miocardite derivada da infecção do músculo cardíaco pelo vírus da FA.

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