Número de exames é insuficiente à demanda

Além disso, representantes das empresas afirmam que tabela de valores não sofrem reajuste há 19 anos

Rudimar Iglesias, Carlos Hurtado, Sérgio Malmann e Fernando Martins na reunião

A Comissão de Saúde da Câmara, presidida pelo vereador Jansen Nogueira (PT), mais os vereadores Carlos Nilo Coelho Pintos (PP) e Lidio Mendes (PTB), ouviu representantes dos prestadores de serviços de exames laboratoriais e de imagem.

Tabela de pagamentos a ser praticada a partir de novembro, quando a contratualização será protagonizada pela Secretaria de Saúde diretamente com os laboratórios, entre outros temas, foram debatidos. Os representantes dos laboratórios, Fernando Martins (Dr. Pio); Sérgio Gallo Malmann (Laboratório Gallo Malmann); Rudimar Iglesias (Hugolino Andrade); e Carlos Serralta Hurtado (Medlab), realizaram manifestações sobre sua realidade. Além dos integrantes da comissão, participaram os vereadores Itacir Soares e Dagberto Reis (PT), Danúbio Barcellos (PP), Jason Flores e Hanney Cavalheiro (PMDB), Mauricio Del Fabro (PSDB) e Hélio Bênia (PSB).

O primeiro enfoque: a tabela SUS aplicada para pagar os exames aos laboratórios, segundo os representantes, está defasada: não tem reajuste há 19 anos. “Enquanto os custos diretos e indiretos estão na ordem de quase 400% nesse mesmo período”- protestou Fernando Martins.

Os representantes dos laboratórios deixaram claro que não são todos os exames que necessitam de reajuste. 

Eles apresentaram uma relação dos que julgam passíveis de uma reavaliação. A Comissão de Saúde, por uma solicitação do vereador Carlos Nilo ao presidente Jansen Nogueira, decidiu realizar a reunião para intermediar, junto à Secretaria de Saúde, uma negociação que contemple os dois lados. “O foco é um melhor atendimento à comunidade. A oportunidade é agora, com a contratualização local, sob o gerenciamento do município, para que sejam efetuados os ajustes. Isso é possível através do novo modelo de gestão dos recursos” – enfatizou Carlos Nilo.

Demanda

Da reunião, surgiu outra demanda: a necessidade de aumentar o número de exames. Hoje, há um teto limitado a 2800 exames, o que é insuficiente para atender a comunidade. Esse, conforme os representantes de laboratórios, é o principal motivo que determina a marcação de exames para o prazo de até 40 dias.

“Estamos marcando exames para o fim de novembro, mas não sabemos quem vai pagar: hoje somos ressarcidos pelo Estado e daqui a uma semana será com o município, mas não discutimos tabela e, tampouco, assinamos contrato”- enfocou Sérgio Mallmann.

O vereador Carlos Nilo lamentou a ausência da secretária municipal de Saúde, Natália Steibrenner, que será a gestora. Ela disse que vai aguardar a definição do Edital. “A Secretária quer primeiro definir valores, para depois fazer reunião. Entendemos que deve ser o contrário” – protestou.

O valor a ser repassado ao município, com a contratualização, será de R$ 4.3 milhões anuais, que na ótica dos vereadores representa um acréscimo considerável. Com a complementação do Município significa um avanço na qualidade do atendimento em prazos de marcação e entrega dos resultados.

Próximo passo

Os vereadores da Comissão de Saúde, Jansen Nogueira, Carlos Nilo e Lídio Mendes, firmaram compromisso de falar com a Secretária de Saúde e levar as reivindicações. Entre os representantes dos laboratórios, foi consenso destacar a iniciativa da Comissão de Saúde, algo inédito para eles, e que certamente ajudará a encontrar um meio termo na questão.

“Os administradores dos laboratórios explicaram que, atualmente, existe um limite para realização de exames, que está abaixo da demanda da população e que alguns destes exames são mal remunerados, uma vez que o custo para prestação do serviço é maior do que o repasse feito. Buscando resolver estes problemas, vamos procurar a Secretaria de Saúde para apresentar a situação passada pelos laboratórios e tentar achar uma saída para esta problemática que aflige a população santanense” – concluiu Jansen Nogueira.

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