A PRISIONEIRA DE PUTIN

A jovem gaúcha Ana Paula Maciel, 31 anos, está presa em Murmansk, na Rússia. Motivo: com o seu grupo do Greenpeace, Ana tentou invadir uma plataforma de petróleo para colocar uma faixa denunciando os riscos ambientais que podem afetar o meio-ambiente da região.

Uma plataforma de petróleo –em qualquer país do mundo – é uma área de segurança máxima, por motivos óbvios. Tentar escalá-la ou chegar nela sem autorização é um enorme risco de confronto de quem pretende agir assim com os guardas do local,

Toda tripulação do barco Artic Sunrise, de propriedade do Greenpeace foi presa e indiciada por “pirataria por grupo organizado”. É assim a lei na Rússia que ainda não prima muito bem pelas liberdades de expressão e basta que se registre os jornalistas que são mortos por lá ou pressionados para abandonar suas idéias contrárias ao governo russo.

Nesta semana, 11 ganhadores do Prêmio Nobel da Paz escreveram uma carta ao presidente Wladmir Putin pedindo a liberdade dos militantes ambientalistas do Greenpeace. Resposta curta e grossa de Putin: a carta veio com endereço errado, pois o caso está com a justiça russa.

O que não se pode é levar a questão para o lado humanitário e até beirando o vitimismo quando se trata de ações do Greenpeace. Os ambientalistas de uma das ONGs mais famosas e midiáticas do planeta sabem o risco que correm quando resolvem impor suas idéias a quem não respeita as regras de proteção da Natureza.

Ali, ninguém é criança e todos são adultos o suficiente para responder por seus atos. É claro que a gente torce pela liberdade da gaúcha Ana Paula, mas ela sabia onde estava se metendo. Por bem menos, três jovens da banda Pussy Riot foram condenadas a dois anos de prisão, após uma performance do grupo contra o então candidato à Presidência Vladimir Putin na Catedral do Cristo Salvador, em Moscou.

As pressões vão continuar pedindo pela liberdade dos integrantes do Greenpeace, mas Putin é teimoso e, provavelmente, faça valer a lei russa contra manifestantes. Quaisquer manifestantes.

O PROTESTO DAS JOVENS
Nadezhda Tolokonnikova, 22, Maria Alekhina, 24, e Yekaterina Samutsevich, 30, foram presas e depois condenadas, após uma performance do grupo contra o então candidato à Presidência Vladimir Putin na Catedral do Cristo Salvador, em Moscou.

A BLASFÊMIA
No altar da igreja ortodoxa, que é um dos símbolos da Rússia pós-soviética, as jovens com os rostos cobertos por balaclavas cantaram, em fevereiro do ano passado, a música de protesto “Virgem Maria, Livrai-nos do Putin”.

A OPINIÃO DA IGREJA

A igreja ortodoxa russa é fiel aliada do governo, e a ação foi aberta pela Promotoria, ligada a Putin. “As ações das garotas foram um sacrilégio, uma blasfêmia e quebraram as regras da igreja”, disse a juíza Marina Sirov.

DEBOCHE

Presas num cubo de vidro, as jovens riram constantemente durante as três horas em que a juíza proferia o veredito. A acusação havia pedido três anos de sentença.

SERRA ESTÁ NA DISPUTA

José Serra ainda não desistiu de ser candidato a presidente. Ele afirmou que a definição sobre a corrida presidencial dentro do PSDB será em 2014. “A questão do PSDB, anunciada pelo Aécio, vai ser decidida em março”, disse. “Tudo foi exageradamente antecipado”.

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