Fronteira global

Os veículos da chamada grande mídia tem falado muito sobre democratas e republicanos, Barack Obama, crise nos EUA, Congresso e Senado. Aliás, os olhos do mundo estão voltados para a terra do dólar.

Com a economia globalizada, e em sendo a economia norte-americana a mais efetiva do planeta, obviamente até mesmo aqui na fronteira Livramento-Rivera será possível sentir os efeitos de um eventual problema lá. Percebam os leitores locais que a carestia está ocorrendo: o cidadão que ia comprar em um mercado de Sant’Ana ou Rivera com R$ 50,00 há 10 meses levava para casa um número x de ítens, ao passo que hoje, esse x é menor do que naquele período. Isso é inflação e baixa no poder aquisivo, algo que mesmo que os governos não queiram perceber, vem acontecendo. Mesmo que Estado e União neguem, é preciso deixar claro que a Metade Sul gaúcha remunera menos do que a outra Metade e isso faz com que o poder de compra dos cidadãos da fronteira oeste, campanha e etc, seja menor do que deveria e poderia ser.

Mas o que isso tem a ver com a crise nos EUA?

Economia globalizada.

É preciso entender que os problemas que ocorrem em Timbuctu poderão causar reflexos em Mali e assim sucessivamente.

Para entender de forma mais clara.

O Brasil é um grande credor do governo norte-americano, considerado o terceiro maior. Se os Estados Unidos derem o calote, o Brasil não receberá o rendimento desses títulos, que passarão a valer muito pouco. Ou seja, o mercado vai ficar inundado de títulos podres, os quais não têm valorização financeira.

Além disso, um calote na maior economia dos Estados Unidos traria para o Brasil, assim como para os outros países, momentos de muita tensão nos mercados financeiros. E, na prática, é sabido e notório que o financeiro é o grande determinante no que tange a decisões de investimentos, geração de empregos, aproveitamento de mão de obra, entre toda uma série de elementos e variáveis da economia e, essencialmente, das microeconomias.

Alguns efeitos possíveis são: encarecimento do financiamento para bancos e empresas brasileiras, que precisam captar dinheiro no exterior; valorização do dólar e aumento do preço dos importados, o que geraria inflação; causaria também, consequentemente, a necessidade de se aumentar ainda mais os juros para controlar os preços.

Diante dessa realidade hipotética, perceba o leitor que as consequências podem, sim, chegar aos fronteiriços, pois dinheiro mais caro faz com que investimentos se tornem mais caros, consequentemente, há obrigatoriedade de enxugar e reduzir os custos. Vai daí que… Economia global.

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