“Não vamos abrir mão de ter um realinhamento com os procuradores do Estado.” Wilson Muller Rodrigues, presidente da Associação dos Delegados de Polícia/RS

POLÍCIA FEDERAL INDIGNADA

Os delegados da Polícia Federal estão indignados com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou as provas da Operação Boi Barrica – aquela que indicou Fernando Sarney, filho do senador José Sarney, como envolvido em falcatruas das grossas – depois de muitos meses de investigação.

O STJ entendeu que as escutas telefônicas da PF foram ilegais, logo todas as provas colhidas com as gravações não tiveram valor algum. “Como ilegal? Se tudo foi realizado com autorização judicial”, protestou o delegado Amaury Portugal, presidente do Sindicato dos Delegados Federais de São Paulo.

E ele tem razão quando lembra que o seu colega que presidiu o inquérito da Operação Boi Barrica “não ia fazer escuta se não estivesse amparado em autorização da Justiça, já que qualquer passo do delegado ele tem que comunicar ao juiz, abrindo vista para o procurador”. Amaury Portugal disse que “essas últimas decisões judiciais são estapafúrdias”. 

Na mesma linha de indignação segue o delegado federal Marcos Leôncio Souza Ribeiro, diretor de Assuntos Parlamentares da Associação Nacional dos Delegados da PF: “As operações da PF são executadas sob duplo grau de controle, do MPF, que é fiscal da lei e do Judiciário, que atua como garantidor de direitos. Não existe nenhum país no mundo em que a polícia sofra essa dupla fiscalização”.

O delegado Leôncio faz comparações: “Quando se fala em violência do tráfico, não há nenhum receio em se condenar, não se coloca em dúvida nenhum aspecto da investigação. Quando crime é econômico aí não é crime violento e esse tem que ter seus direitos e garantias respeitados”.

O Poder Legislativo também entrou nas críticas, pois para Marcos Leôncio “o Legislativo faz mal as leis e a polícia trabalha com instrumentos legais limitadíssimos, como a da interceptação telefônica”. E concluiu: “Não existe país com uma legislação tão restritiva e ainda temos que suportar esse Judiciário que serve a uma elite. O pano de fundo é o Judiciário a serviço das elites”.

 

GRAVE DENÚNCIA (1)

Como irá reagir o anfitrião de uma festa de casamento em Araxá (MG) diante da denúncia da revista Veja que revelou uma confraternização entre advogados, senadores, deputados, ministros de Estado membros do STJ? Alguns dos presentes são réus em processos que correm exatamente naquela corte?

GRAVE DENÚNCIA (2)

De acordo com a revista, a festa de casamento acabou de madrugada, mas antes do encerramento, os garçons passavam bandejas com frascos de lança-perfume. Resta saber se alguma autoridade ainda estava presente ao inusitado “rodízio”.

GREVE DOS BANCÁRIOS

Com a rejeição da proposta de reajuste salarial apresentada pela Fenabam, os bancários devem entrar em greve nesta terça-feira. Quem tiver contas a pagar, a solução é procurar as agências lotéricas e alguns caixas de supermercados. Não haverá prazos para os boletos com datas especificadas.

SEM CARTÕES CORPORATIVOS (1)

A comitiva oficial de Dilma Rousseff teve a oportunidade de em momentos de folga fazer muitas refeições em alguns dos mais sofisticados restaurantes de Nova Iorque e tudo foi pago em dinheiro sem cartões corporativos.

SEM CARTÕES CORPORATIVOS (2)

Quando vinha conta, Dilma Rousseff pedia que a mesma fosse dividida igualmente pelos presentes. Como a presidente estava acompanhada por sua filha, cabiam a ela duas parcelas da despesa.

SEM CARTÕES CORPORATIVOS (3)

As contas foram pagas em dólares já que todos os membros da comitiva tinham recebido boas diárias exatamente para essas despesas pessoais. Dilma deu um belo exemplo como há muito tempo se não via em viagens presidenciais.

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