Se as eleições fossem hoje…

A primeira pesquisa Datafolha promovida depois do anúncio do acordo entre Marina Silva e Eduardo Campos deixou satisfeitos tanto o governo quanto a oposição.
O Palácio do Planalto demonstrou alívio, porque a presidente Dilma Rousseff navega ainda tranquila no barco da sucessão e ganharia no primeiro turno, mantido o quadro atual de candidatos e composições.
Os oposicionistas fazem questão de registrar que os votos de Marina Silva, com ela fora do páreo, distribuiram-se entre todos os candidatos conhecidos.
Aécio Neves, embora ressalte a viabilidade de a oposição chegar ao poder, continua com percentual discreto e, recém-casado, em lua de mel por Nova Iorque, parece mais interessado mesmo é na sua vida pessoal.
Já Eduardo Campos dobrou as intenções de voto – passou para 15% – e seus partidários vêem amplas possibilidades de crescimento, considerando que se está a um ano do pleito e há um largo tempo para fazê-lo conhecido no Brasil, com o respaldo de Marina Silva.

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Há muito jogo ainda para ser jogado.
Ainda que difícil, não está descartada a candidatura de Marina no lugar de Campos, e de Serra ao invés de Aécio no PSDB. Conforme a pesquisa, se isso ocorresse, haveria segundo turno na eleição do próximo ano.
É certo que, considerando os trunfos todos que tem nas mãos – a caneta e a máquina federal, o apoio de Lula e uma visibilidade permanente por sua ação natural de governar – Dilma Rousseff tem tudo, neste momento, para se manter na presidência.
Sem contar que o pêndulo do voto de 30 milhões de Bolsas Família oscila em favor de quem está no poder.

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Embora venha apenas confirmar cientificamente o que se sabia de forma empírica, a pesquisa revelou que a ideologia não interfere na intenção de voto.
Além dos eleitores associados a ideias de esquerda (4% de cada cem brasileiros), a atual presidente recebe votos maciços daqueles identificados com a direita (11%), centro-direita (38%), centro (22%) e centro-esquerda (26%).
O carisma é essencial. O brasileiro continua a votar em pessoas, não em partidos e fórmulas programáticas.
Portanto, se a eleição fosse hoje e os candidatos fossem estes, Dilma estaria reeleita no primeiro turno.

Lasier Martins

Sobre o texto em que me refiro a ele, na última semana, recebi de Lasier Martins uma carinhosa mensagem, na noite de segunda-feira. Interessa apenas o que disse de seus propósitos:

De fato, entendí que já tinha dito e feito o que estava ao meu alcance na Comunicação. Decidí sair da zona de conforto e enfrentar outro desafio.
Quanto ao “embaralhamento” que cogitas, só sei de uma coisa (exaltada agora à noite na sede do partido, com as dez zonais da capital aprovando por 10×0): o PDT vai com candidatura própria ao governo estadual – Vieira da Cunha e com um projeto que vamos trabalhar com muito carinho a partir de agora.

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