Nosso lado da Fronteira
O prazo para que os trabalhadores informais, que há anos ocupam a Linha Divisória, sejam finalmente realocados está chegando ao fim. A Justiça já determinou a data, 30 de novembro, e depois disso, caso nada ocorra, uma multa pesada obrigará o município a tomar uma providência imediata.
A expectativa ainda é grande, por parte dos trabalhadores, que literalmente invejam os colegas uruguaios, que já desfrutam das novas instalações, as quais deram, inclusive, um novo ambiente para aquela localidade. No nosso lado da Fronteira, a Praça dos Cachorros foi desocupada, mas a situação dos camelôs ainda continua a mesma, ou até mesmo pior, já que não tem luz, água e uma infraestrutura adequada para a permanência daqueles que precisam tirar das vendas o sustento para centenas de famílias.
Em seus depoimentos, os trabalhadores relatam que precisam abandonar o local cada vez que chove. Ou depois das 15h, quando o sol fica escaldante e não há nenhuma sombra para proteger o vendedor.
As reivindicações não param por aí, pois o movimento caiu bastante e os produtos acabam, muitas vezes, perdendo, inclusive, a coloração original, em função do calor e sol forte.
Mesmo com o findar do prazo previsto há vários meses, nenhum dos vendedores sabe onde vão ficar e se realmente irão receber uma estrutura mais adequada.
Por outro lado, o poder público municipal corre contra o tempo e enfrenta os problemas judiciais de um terreno que serve, mas que por ora ainda é um sonho.
Os comentários são corriqueiros e as diferenças entre os lados são bastante visíveis. Os santanenses ainda não entendem porque deste lado da Fronteira as coisas custam a acontecer, enquanto do outro lado tudo flui naturalmente, dentro de todos os prazos previstos pelas administrações.
Fica então a expectativa de toda a comunidade, principalmente dos trabalhadores, para que o novo local seja realmente amplo e que faça valer toda esta espera. Que venha logo o nosso novo camelódromo!
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