Progressão x crime

Dois homens agiram, na tarde de ontem, com extrema violência em uma chácara localizada na periferia de Sant’Ana do Livramento. Armados, eles torturam um adolescente de 14 anos de idade, filho do caseiro, que não estava no início do assalto, mas que ao chegar ao local de trabalho foi recebido a tiros. Sem piedade, os bandidos desferiram cerca de seis disparos contra a vítima, que foi alvejada em no pé. Por sorte, nada mais grave ocorreu, apesar de todo o horror vivido entre pai e filho.
Novamente, entraram em cena os policiais militares, que após uma intensiva troca de informações conseguiram localizar e prender os dois assaltantes, que ainda estavam armados e com todos os objetos do roubo.
O proprietário, quando foi informado nem tinha ideia do que estava ocorrendo em sua propriedade, e tampouco com seus funcionários.
Mas, o fato é que estes criminosos, que brincaram, mais uma vez, com a vida de trabalhadores e pessoas inocentes, são oriundos do sistema prisional, ou seja, já vêm acumulando uma longa ficha criminal, com passagem por alas da Penitenciária, como se fossem meros hóspedes, com tempo certo para sair às ruas novamente, e praticar o que melhor sabem fazer, o crime.
A comunidade, quando ouve este tipo de notícia, logo grita que a culpa é de A ou B, que não consegue guardar por muito tempo estes cidadãos do mal. A verdade é que as leis beneficiam as chamadas progressões de pena. Mesmo com diversos crimes na conta, o apenado com o tempo (que aos olhos da sociedade de bem é ínfimo), vai progredindo até estar novamente nas ruas. Pronto. Esta é a oportunidade que eles tanto desejam: o semiaberto. Logo se estabelece a fuga ou o não retorno ao sistema prisional. Coincidentemente, logo lemos no jornal ou escutamos na rádio que um apenado do semiaberto praticou outro crime. A sociedade pergunta: até quando isso irá se repetir?

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