Que SACs!
Lembram, leitores, quando foi anunciado que as empresas teriam que ter gente atendendo nos SACs, call centers e assemelhados? Pois isso ocorreu lá em 2008, quando vigorava o decreto 6.523. Ou não renovaram o dito cujo, ou simplesmente a coisa esculhambou geral. Fizeram pompa e circunstância, dizendo que as regras para atendimento das empresas ao consumidor haviam mudado. Teria mais agilidade, solução dos problemas. Bate pronto. Pá e tá. Certamente não é o que o santanense, a exemplo de outros brasileiros, constata hoje. Diziam também que o atendente deveria estar capacitado para resolver a questão apresentada logo na primeira ligação. Balela. Não existe, como diz a gurizada hoje. Também afirmaram que os serviços vão continuar gratuitos e funcionarão 24 horas por dia. Ligue para um SAC às 20h59 e, pontualmente, um minuto depois, a ligação, “misteriosamente” cai. Daí, ligue novamente às 21h01 e ouvirá uma gravação dizendo que o horário de atendimento vai até 21h. Outros encerram às 20h e alguns, mais folgados, às 19h. Claro que a voz gravada dirá, também, que “para nós, é um imenso prazer receber seu contato”. Seria o primeiro circuito eletrônico a sentir prazer?
A nova lei abrange todos os serviços que forem regulados por agências do governo, como as áreas de telecomunicações, companhias aéreas, transportes terrestres, planos de saúde, serviços de água e energia elétrica, além de instituições financeiras. Está fora de garantia o atendimento sobre produtos e serviços comercializados pelo telefone ou internet.
Em outras localidades – Livramento não tem Procom, tem Comdecon – os serviços de proteção ao consumidor (Procoms) ficaram de fazer blitze de madrugada para checar se tudo está funcionando. Até hoje, não surgiu uma única notícia a esse respeito. Faz lembrar aquele personagem do Jô Soares, dos antigos programas humorísticos que bradava: “e eu acreditei!”
Pois, tudo como d’antes no quartel de Abrantes. É como diz o ditado: “quando não adianta… atrasa”. Quem sabe em 2012?
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