Futebol X Violência

Enquanto muitos falam sobre tradição durante a Semana Farroupilha, outra parcela da sociedade fala sobre as questões da violência e da segurança em estádios de futebol, que foram debatidas ontem, na Assembleia Legislativa, em audiência pública promovida pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos. A audiência foi presidida pelo deputado Nelsinho Metalúrgico (PT), que esteve, inclusive, em Livramento, na semana passada.
O que poderia ser um espaço de lazer e diversão, para congregar famílias e torcedores – os estádios – atualmente virou verdadeiro campo de guerra e disputas do tal modismo, que afeta muitas atividades na atualidade.
Nesta audiência, o foco principal foi a necessidade da permanência da Brigada Militar no interior dos estádios, fato defendido principalmente pelos dirigentes, coberta por taxas indenizatórias, em virtude dos espetáculos serem considerados privados, em detrimento da segurança do restante da população, face ao número de efetivos da BM.
Neste sentido, o deputado Paulo Odone, ex-presidente do Grêmio, defendeu a obrigação da permanência da Brigada Militar nos estádios, baseado na atual legislação federal, consolidada pelo STF, de que em espetáculos coletivos públicos é dever do Estado promover a segurança dos cidadãos.
Mas enquanto isso, como ficaria o policiamento nos demais setores da cidade, já que grande parte dos policiais estaria dando segurança para um evento particular.
Seria este o papel da segurança pública, que é paga pelos contribuintes para proteger e, principalmente, prevenir a violência.
Não estariam, estes agentes, confundindo segurança particular com segurança pública. Muitas vezes, efetivos queimam suas horas de serviço para acompanhar grupos de torcidas organizadas que saem de suas cidades de origem apenas para promover baderna. E o resto da sociedade? O trabalhador que sai do trabalho para casa, ou vice-versa, sem a garantia de chegada?
Quais seriam, então, as prioridades para nossa segurança?

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