Força da agropecuária

Os números divulgados na última quarta-feira(11) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) comprovam aquilo que vínhamos dizendo. A combinação do clima favorável, a demanda externa em alta, a valorização cambial e o trabalho dos produtores em articulação com as políticas governamentais, resultaram no crescimento de 15% do PIB gaúcho neste segundo trimestre. No semestre, nossa economia já cresceu 8,9%. Projetamos para o ano um crescimento em torno de 7%. Tudo isso puxado pelo bom desempenho da agropecuária que, no trimestre, cresceu 111,7%, com destaque para a produção de soja (114,6%) e do milho (69,6%). No ano, a agropecuária acumula um desempenho positivo de 60,1% e 42,9% nos últimos quatro trimestres.

Efeito multiplicador

Com o grande desempenho que estamos experimentando neste ano, não é só a economia do campo que ganha. O dinheiro circula no comércio, nos serviços e na indústria, como a de máquinas agrícolas. São mais empregos e mais renda. Mais impostos sendo arrecadados pelo Estado para fazer frente às suas demandas nas áreas estratégicas como saúde, educação, segurança e infraestrutura. E foi isso o que vimos nas exposições agropecuárias realizadas neste ano. Foi assim na Expodireto, na Expoagro e na Expointer. Com o estudo da FEE fica fácil compreender porque os negócios na Expointer cresceram mais de 60% em relação a última edição e ultrapassaram a casa dos três bilhões de reais. O produtor gaúcho, de uma maneira quase geral, está com dinheiro no bolso e muita felicidade estampada no rosto.

Diversificar

Mas, nós, não podemos nos acomodar. Temos que continuar planejando a produção, diversificando as matrizes produtivas, fazendo rotação de culturas. Trabalhando na construção do conceito de que o homem do campo deve ser produtor rural e não ficar restrito a apenas uma categoria. Não pode ser apenas orizicultor, sojicultor, pecuarista… Com o uso do crédito e sua capacidade de trabalho deve investir em tecnologias, como a microcamalhoeira, desenvolvida pelo Irga, que permite o plantio do milho e da soja nas áreas tradicionais do arroz, quando a lavoura estiver em pousio, por exemplo.

Estabilizar e continuar crescendo

Enquanto comemoramos os resultados, que decorrem do aumento da ordem de 40% na safra de grãos e da valorização de 20% dos preços, continuamos, enquanto governo do Estado e em conjunto com as representações das cadeias produtivas, trabalhando para construir e implantar políticas estruturantes que dêem estabilidade à produção. Um exemplo disso é o Programa Mais Água, Mais Renda, cujas vendas cresceram mais de 460% na última Expointer. O programa trabalha, a partir de vários mecanismos, para ampliar a área irrigada das culturas de sequeiro. Irrigar, além de proporcionar aumento de produtividade, traz estabilidade à produção. Vamos continuar crescendo.

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