Atualidades portuguesas

O governo português não comemorou e a população mostra-se cautelosa. Mas foi manchete dos jornais, é um evidente alívio e já se respira melhor.
Depois de dez trimestres consecutivos (913 dias) de recessão, a economia de Portugal revelou um dado para muitos surpreendente: cresceu 1,1% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses deste ano.
O anúncio, feito na metade do mês de agosto, foi aplaudido pela troika, por ter sido o maior crescimento entre 21 países da Europa. Espanha e Itália continuaram a apresentar números negativos.
Ainda é cedo para falar em inversão do ciclo econômico, mas a esperança é de que pode estar a ocorrer um “momento de viragem econômica”, o que significaria a estabilização em 2014.
As exportações cresceram 6,3% no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior e, junto com o turismo, foram instrumentos decisivos para esses bons números.
As receitas dos hotéis aumentaram 10,7% em junho enquanto o número de pernoites subiu 8,6%.
O primeiro ministro, Passos Coelho, antes de viajar de férias para o Algarve, fez questão de destacar, em pronunciamento público, a contribuição decisiva do turismo para a economia do país.

UM PROBLEMA

Em todos os verões, as cenas tristes e trágicas se repetem: o calor, os ventos, a falta de limpeza do solo, ações criminosas, tudo ajuda para que os incêndios florestais destruam centenas de hectares de árvores, com ameaça a plantações, vilarejos, casas e vidas.
Este ano, particularmente, a problema tem assumido proporções incríoveis: cinco bombeiros morreram até o final do mês de agosto.

UM LIVRO, UMA EXPOSIÇÃO, UM LUGAR

Miguel Sousa Tavares, o mais lido autor português da atualidade, acaba de publicar “Madrugada Suja”, seu romance mais recente. Miguel escreve com extrema fluidez e o livro é ótimo, tal qual “Equador”, de dez anos atrás, que vendeu muito bem no Brasil e recebeu o prêmio italiano Grinzane Cavour.
Quem for a Évora, já por si só um lugar estupendo de se visitar e revisitar, não deve deixar de conhecer a Tasquinha d´Oliveira, um pequeno restaurante com cinco mesas e quatorze lugares apenas. É considerado um dos 100 melhores do mundo e a comida – responsabilidade da sra. Carolina, a mulher de Manuel Oliveira – é inesquecível, típica cozinha alentejana.
O casal, além disso, é de uma imensa simpatia e ele mostra com orgulho os muitos livros que se referem à casa. Um deles é de Danuza Leão.
Fantástica a exposição de Joana Vasconcelos no Palácio Nacional da Ajuda. Foi a mostra individual mais visitada de toda a história de Lisboa. Mais de 230 mil pessoas viram de perto a harmonização da arte moderna de Joana com o vetusto e riquíssimo palácio.

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Findas as férias, de volta à realidade brasileira, ocupo-me dela na próxima semana.

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