Excelente momento

Os números finais da Expointer surpreenderam até os mais otimistas. Atingimos um total de negócios de R$ 3.292.000.000,00, 62% superior ao do ano passado. A rigor, apenas o público sofreu um decréscimo, na ordem de 20%, o que se justifica pelo primeiro final de semana de muita chuva e, no último, apenas o sábado sendo considerado um dia bom, já que o domingo esteve todo nublado. As máquinas, com negócios na casa do R$ 3.274.000.000,00 mais uma vez puxaram os números para cima. E eu, particularmente, acredito nos números fornecidos pelo Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos do Rio Grande do Sul (Simers). Pessoa séria, que tem feito um grande trabalho frente a este importante segmento de nossa economia que cresce de forma assustadora, face a sua competência, contribuindo para a modernização da agropecuária brasileira e mundial.

O que deve ser entendido

Duas entidades – Farsul e Fetag – questionaram os números. Acreditamos que de forma equivocada, pois descontextualizada do excelente momento que vive a agropecuária gaúcha, que está saindo da safra que mais movimentou a nossa economia em todos os tempos. Além da segunda maior produção de toda a História, motivada especialmente pelas boas condições do clima, os ótimos preços dos produtos primários no mercado internacional com a valorização do dólar, aqueceu o mercado. Na Expointer do ano passado estávamos saindo de uma safra com quebras originadas na estiagem. Mesmo assim, os produtores olharam para o futuro, analisaram a conjuntura e foram às compras, tal como ocorreu em outras feiras do agronegócio realizadas em nosso Estado, que também bateram recordes de comercialização. E ninguém questionou.

Crédito e demanda

É público e notório os desafios que temos para suprir a demanda por alimentos no mundo. Segundo a FAO, teremos que produzir nos próximos 40 anos bem mais do que se produziu nos últimos dez mil anos. Assim como é certo que, cada vez mais, teremos que apostar em ganhos de produtividade, via investimentos em novas tecnologias, para aumentar a nossa produção. Um dado claro e indesmentível para ajudar na compreensão da fase em que estamos. Na última década, o nosso País dobrou a produção de grãos, o que se deve, em grande parte, à modernização das atividades rurais, com o emprego de novas tecnologias. Some-se a isso, a compreensão do governo sobre a necessidade de impulsionar o setor. O crédito rural, para dar um exemplo deste compromisso, que alguns não querem enxergar, saiu de R$ 16.160.000,00, no início do governo Lula, para 150 bilhões de reais nos dias atuais.

Aqui no sul

Em nosso Estado, sob o comando do governador Tarso Genro, também estamos fazendo a nossa parte. O Plano Safra Estadual, que se soma ao Plano Safra do Governo Federal no apoio à produção agropecuária, contem um conjunto de medidas que contribuem para alavancar a atividade primária. Estamos organizando as cadeias produtivas, promovendo programas em praticamente todas as áreas, revitalizando a pesquisa e fortalecendo a defesa agropecuária. Desenvolvendo novas tecnologias, como a microcamalhoneira, que permite, sem prejudicar a produção de arroz, incorporar cerca de um milhão de hectares com soja e milho, basicamente, em áreas baixas que estariam ociosas, à nossa produção de grãos. Não é pouca coisa. Por isso, os resultados, surpreendem, mas não espantam.

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