Crimes brutais

Outro dia, um grupo de pessoas comentava que a Fronteira da Paz, cujo nome remete a uma terra sem violência, vinha acumulando casos e mais casos de crimes. Queima de arquivo, violência contra mulheres, assassinatos em série e outras tantas barbáries, até mesmo com vítimas esquartejadas. Mas se o comentário foi realizado em outra cidade, ou até mesmo em outra fronteira, os casos com certeza serão bastantes semelhantes. A motivação remete sempre à banalidade; a inversão de valores da vida do ser humano, trocada por um punhado de notas que compram apenas infelicidade, desgraça e as lembranças tristes de casos que acabam marcando determinadas comunidades.
Na era das grandes tecnologias, quando o homem cada vez menos interage pessoalmente, máquinas tão pequenas e avançadas, as quais eram imaginadas antes somente em sonhos, estão cada vez mais ao alcance de muitos. Nesta falta de aproximação, de vivência humana, estaria o grande problema da humanidade na atualidade, ou não conseguimos, depois de milhares de anos, livrar nosso código genético da era das cavernas?
Uma coisa parece ser certa para a grande massa, punição ao extremo. O cidadão de bem clama por justiça e penas mais duras e eficazes. Por outro lado, a sociedade também clama por ressocialização, por instituições que exerçam a punição ao mesmo tempo em que exerçam a reformulação deste novo cidadão que anseia por liberdade.
Outra reformulação que tem urgência de ser feita é com relação ao modo de apuração dos fatos para encurtar o tempo de respostas dos órgãos operadores da lei e tirando o mais rápido possível do convívio os de má índole. Para isso, quem sabe precisaremos estudar uma fórmula para unificar os trabalhos policiais e encurtar os caminhos processuais já existentes no País, e que levam anos e mais anos para serem julgados.
Como sempre “a grama do vizinho nos parece mais verde”, quem vem acompanhando os casos ocorridos em Rivera, no Uruguai, tem a nítida impressão de que sua punição é bem mais rápida, ou seria apenas uma impressão inicial.
Nos estados norte americanos, as prisões nos parecem mais ressocializadoras, com apenados pagando para obter certos serviços ou se esforçando sobremaneira para voltarem ao convívio familiar, ou seria apenas mais uma visão parcial.
De qualquer forma, precisaremos repensar quem sabe lá no começo, o ensino e a valorização da vida, para não premeditarmos outros crimes brutais.

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