Acessibilidade
É impressionante como a região central de Sant’Ana do Livramento cresceu nos últimos anos, em termos de novos prédios, e continua um verdadeiro canteiro de obras, com reformas e investimentos nunca antes vistos pela Fronteira da Paz. Apesar de toda esta modernização e ampliação, ainda é necessário que pessoas com deficiência clamem por acessibilidade, como ocorreu ontem à tarde, na rua dos Andradas, onde mais de 200 santanenses expuseram faixas e cartazes pedindo o que lhes é de direito.
Cadeirantes ainda não têm acesso a um simples ônibus coletivo. Dificilmente seja encontrado na cidade um veículo de aluguel adaptado para um deficiente e quando o assunto são os prédios públicos, a situação ainda é mais gritante. Felizmente, as leis estão aí para regulamentar o que o bom senso poderia ter resolvido antecipadamente, ou seja, dar oportunidade de acesso para todos.
Então, vamos imaginar alguns anos à frente, e sonhar com prédios acessíveis, com veículos devidamente adaptados e pessoas transitando sem qualquer obstáculo. Quem sabe, nas próximas “semanas da pessoa com deficiência”, as caminhadas ocorram pela simples lembrança do que não havia antes na cidade. Enquanto esse tempo de acesso não chega, vamos olhar para as calçadas e imaginar melhorias para o livre acesso de pessoas idosas, por exemplo, que precisam pisar firme para não cair. Vamos imaginar que uma simples gôndola de roupas pode causar um transtorno a quem já perdeu a visão.
Acessibilidade. Seria pedir muito? Pois o que vemos é justamente o contrário. Veículos estacionados nos pequenos espaços reservados para pessoas com deficiência, e comerciantes ocupando o passeio público, na ânsia de vender cada vez mais. Pensem nisso, pois precisamos de soluções, e desculpas para os “problemas” não serão mais aceitas.
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