Ainda é cedo

No momento em que escrevo esta coluna ainda não temos elementos para falar sobre números da 36ª Expointer. Apesar da chuva intensa dos primeiros quatro dias, estamos confiantes de que obteremos bons resultados financeiros, que consolidarão excelente momento que vive o setor primário do Rio Grande do Sul. No início da Expointer, o Claudio Bier, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), setor responsável pelo maior volume de vendas das últimas edições do maior evento da agropecuária da América, estimava um crescimento da ordem de 25% nas vendas em relação ao ano passado, que ultrapassaram os dois bilhões de reais. E os primeiros números sinalizavam neste sentido.

Mais do que números

Mas, a cada ano, mais me convenço de que a Expointer é superior aos números. Neste ano, enquanto organizadores, propusemos o tema “festejar o crescimento”. Á partir de quarta-feira, depois que o sol voltou a brilhar na região metropolitana e, fundamentalmente no município de Esteio, um dos mais afetados e com maior número de desabrigados, onde está localizado o Parque Assis Brasil, o que se viu foi uma verdadeira comemoração. Definitivamente, a Expointer é uma das maiores festas que o Rio Grande promove, pois ultrapassa a fronteira dos negócios e serve de palco para uma integração entre os homens do campo e os da cidade, de reencontro daqueles que vivem nas zonas urbanas com suas raízes rurais.

Mais motivação

Mais de 400 eventos, entre palestras, cursos e conferências, mais de cinco mil animais com o melhor da genética de cada raça, dezenas de modelos de máquinas com a tecnologia mais avançada que existe e a presença forte do governo com seus programas e várias linhas de crédito motivam os que tiram do campo o sustento e, com isso, ajudam a fortalecer a economia gaúcha. Alguns decidem na hora por novos investimentos. Outros, voltam para casa sonhando com a modernização, fazendo contas e percebendo que é possível trilhar o caminho do futuro. O que origina negócios pós-Expointer que não fazem parte da contabilidade oficial, mas são expressivos e determinantes do continuado crescimento das cadeias ligadas às atividade primárias. Um novo Rio Grande surge após cada Expointer.

Balanço prévio

Mas, já é possível um balanço prévio daquelas questões que não envolvem números. Promovemos debates importantes que nos apontam caminhos, que reforçam algumas certezas dos passos que trilhamos até aqui. Reforçamos nossa parceria com o Uruguai após a presença do ministro Tabaré Aguerre liderando grande comitiva. Firmamos parceria importante com o Estado de Santa Catarina ao definirmos a implantação do corredor sanitário na BR 101, a partir do posto de Torres. Proporcionamos negócios importantes do setor de máquinas com países da África e da América do Sul. Quenianos adquiriram material genético da nossa pecuária de corte. Empresários da Grã Bretanha vieram em busca de negócios. Só para citar alguns casos.Enfim, estou convencido de que temos muitos motivos para continuar festejando a reafirmação da economia primária do Rio Grande do Sul.

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