Peemedebista cobra rigor na fiscalização de obras públicas
Hanney Cavalheiro reitera seu pensamento de que recursos carreados para Livramento se transformam em transtornos e não em benefícios para a comunidade santanense
Na tribuna, ontem, durante o grande expediente, o vereador Hanney Cavalheiro (PMDB) foi reiterativo. Fez um discurso pontual, reforçando o que vem afirmando em praticamente todas as oportunidades em que faz uso da tribuna da Câmara. No entendimento de Cavalheiro, recursos públicos, em função da falta de fiscalização, acabam se transformando em transtornos para Sant’Ana do Livramento e a população local. Cobrou fiscalização de parte da municipalidade e do Legislativo.
Com um tom de voz mais alto do que o normal – o que disse ter utilizado para caracterizar sua indignação – o peemedebista deixou claro que é essencial parar com essa realidade do “aceita-tudo” no setor público. “Fiscalização não existe nesta cidade” – bradou o parlamentar na tibuna, afirmando que está trabalhando na constituição de um ante-projeto de lei, que pretende unir Legislativo e Executivo em ações de fiscalização, sobretudo de investimentos com dinheiro público.
O parlamentar deu vários exemplos. “Dinheiro público destinado para Livramento, em vez de melhoria para a população, se torna problema. Nunca vi um negócio desses. E vira problema por falta de fiscalização” – disse.
Verbas e transtornos
Cavalheiro citou o exemplo da verba aplicada para a construção da bacia de saneamento da Vila Alexandrina, depois fez menção às casas do loteamento vila Nova, na Avenida Brasília, entre outros.
“Dinheiro de verbas destinadas para obras não são benefícios. Trazem é transtorno. É incrível. Começaram a construir lá na Tabatinga, na Alexandrina e até hoje não deram um desfecho naquela obra, que foi do governo passado. As pessoas não conseguem sair de suas casas em função do alto volume de barro, causado pelas perfurações e deslocamento de terras, com a incidência das chuvas” – referiu.
Cavalheiro afirmou que é de fundamental importância que os dois poderes, Legislativo e Executivo, juntos, promovam fiscalização na aplicação de recursos, bem como na execução de obras públicas. O legislador salientou que as casas do loteamento Vila Nova apresentam rachaduras e, por isso, não puderam ser entregues às pessoas que estavam aguardando. “Isso é falta de fiscalização, pois não se sabe que tipo de material foi utilizado, como foi sem emprego, enfim, não temos qualquer informação e para evitar esse tipo de situação, é essencial formarmos uma comissão de vereadores e técnicos do Executivo, como engenheiros e arquitetos” – pondera o vereador, acrescentando que tudo deve ser fiscalizado por parte dessa comissão.
“O asfalto que, com o volume de chuvas acaba cedendo e esburacando, ainda mais as ruas da cidade, as obras de saneamento que não conseguem avançar, bem como diversas outras situações em que dinheiro público foi investido, a partir de recursos obtidos em função de emendas de deputados ou projetos encaminhados pela municipalidade, visando ao acesso a verbas. Quando conseguem essas verbas, esse dinheiro, que é difícil, acaba aplicando, gerando transtorno e não solução para a coletividade” – disse o parlamentar, afirmando que todas as ações de fiscalização devem registrar um nível de exigência que esteja de acordo com aquilo que a população santanense deseja.
È preciso mais trabalho e menos jogo para a torcida vereador.