Universitário lança livro de ficção ambientada nos movimentos populares

Obra do santanense Sandro Moreira será lançada no fim de setembro, na Casa de Cultura Ivo Caggiani

Uma história de ficção baseada em situações do cotidiano é o centro da obra do universitário santanense Sandro Moreira, “A Revolução”. O livro será lançado na próxima quarta, 28, no salão de atos da Casa de Cultura Ivo Caggiani, às 19h30. A edição tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e o autor será a apresentado pelo próprio secretário JN Canabarro.

Estudante de Administração na Unipampa, Sandro demonstra uma relação bem próxima com a ficção. “Não me formei em Letras, nem nada do tipo, só fiz alguns cursos de teatro, roteirização, etc”, contou. Inclusive, já chegou a desenhar histórias em quadrinhos, porém, sem nunca lançar nada oficialmente – com exceção de uma história de sua autoria que foi “roubada” por uma editora carioca para a qual mandou trabalhos tentando um contrato. Mas ele não conta essa publicação como sendo sua.

“A Revolução” foi escrito entre 2010 e 2012, mas não é o primeiro trabalho de Sandro. Na realidade, é seu quarto livro escrito, além de vários contos pequenos e roteiros de filmes e histórias em quadrinho que nunca saíram do papel. Sandro não quer parar por aí, e já tem dois outros livros prontos para serem publicados. “Se conseguir uma certa aceitação do público com ‘A Revolução’, me animarei e lançarei “Protocolo: Mathias” e “Codinome: Apocalipse”, ambos ambientados no mundo da espionagem internacional e antiterrorismo”, avisa.

Sinopse

“O livro é sobre uma revolução que começa a partir da amizade de um gaúcho e um baiano pela internet, e estes dois se encontram aqui em Livramento, 6 anos depois. Eles sempre planejaram que assim que se encontrassem pessoalmente iriam fazer algo para mudar a situação do País, só que o baiano não esperava algo tão sério: o gaúcho já participou de algumas manifestações e protestos, já tem um grupo que o apoia nessas ações, e quando chega aqui na cidade, se depara com um grande grupo de pessoas acampadas em um arvoredo afastado da cidade. Esse grupo é responsável por uma série de assaltos aqui na cidade, e assim que o baiano chega é meio que forçado a participar de um assalto a banco. Todos esses crimes têm o objetivo de financiar a revolução que começaria alguns dias depois. A meta deles é atravessar o país, rumo a Brasilia, e tirar o presidente do poder. Só que a situação fica fora de controle. Eles começam a passar em pontos estratégicos previamente agendados pela internet, e nesses locais, cada vez mais pessoas juntam-se à caravana. A Lei Marcial é instaurada, é dado poder de polícia ao Exército e as cidades viram campos de batalha. Pessoas, inclusive alheias à causa defendida desde o começo, começam a ir para a rua com o simples intuito de depredar e praticar violência contra pessoas inocentes.

Essa consequência desagrada o baiano Jimmy, que é pacífico por natureza e seus planos eram saudáveis. Ele pensava em manifestações pacíficas, como as que aconteceram em junho. Já Chacal, o gaúcho, é mais radical: planejava mesmo um ‘reset’ na sociedade, destruir tudo e começar do zero. A situação convida o leitor a refletir, ora concordando com um lado, ora com outro. No fim das contas, vê-se que por mais que os revolucionários tenham cometido muitos erros, foi tudo por uma boa causa. Até mesmo Chacal, o cabeça disso tudo, não é um marginal como se pensa no começo da história, mas sim um líder que comete erros como qualquer um, mas que no fundo é um bom homem”.

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