Barreiras da Justiça

A sociedade vem acompanhando e sentindo na pele a dificuldade que os operadores da Lei têm para trancafiar bandidos de todas as espécies no Brasil. As conhecidas “brechas” na Lei acabam sendo o caminho mais fácil e rápido para que quadrilhas, bem estruturadas financeiramente, escampem com facilidade da punição prevista em território brasileiro. Os esforços policiais que arriscam vidas e depois se deparam com inúmeros procedimentos burocráticos acabam, em muitos casos, não dando o resultado almejado, como a prisão do acusado, pagando pelos crimes cometidos. Os condenados, como por exemplo, por crimes brutais, pegam penas que podem chegar a 30 anos, mas que todos sabem que na prática serão menos que uma dezena de anos até que consigam progredir dentro do sistema prisional e sem a devida ressocialização, tão defendida pelos especialistas. O direito de responder em liberdade priva as vítimas de seguirem com suas vidas e, muitas vezes, elas precisam abandonar as cidades onde ocorreram os crimes. As penas de poucos anos livram os indiciados antes mesmo da conclusão dos processos ou do transitado e julgado.
Uma verdadeira maratona de esforços é preciso ser observada para que homicidas recebam parte do que realmente mereceriam, aos olhos do cidadão de bem. Enquanto isso são noticiadas prisões e solturas de reincidentes que parecem brincar com a Polícia e com o Judiciário. Páginas e mais páginas de ocorrências e passagem policial parecem não ser suficientes para tirar o criminoso das ruas.
Mas o que fazer? De que forma mudar esta realidade? Por que os policiais perdem mais tempo com a burocracia do que com o policiamento de fato? Por que as vítimas não são ressarcidas das perdas materiais ou sentimentais, quando elas ocorrem?
As respostas levarão, quem sabe, ainda muitos anos para serem satisfatórias.
Talvez o que mais indigne o cidadão de bem é observar, em países vizinhos, que a burocracia parece, em um primeiro momento, menor. Juízes decretam prisões provisórias em 48 horas e quem tem que provar a inocência é o próprio acusado. Prisões privadas, em países mais distantes, mostram outra realidade de limpeza e de organização, onde os apenados precisam custear seu “bem-estar”, o qual realmente ocorre. Copiar, fazer parecido ou apreender com os erros? Até quando?

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.