ALTA DO DÓLAR. O QUE FAZER?

O dólar alcançou valores surpreendentes, fechando acima de R$2,40. Com a forte alta da moeda americana os consumidores brasileiros devem tomar cuidados com as compras e viagens, mesmo as que já estavam programadas.

Para as empresas e indústrias nacionais, principalmente as exportadoras, a alta pode ser positiva, pois favorece a competitividade das vendas externas, tornando-as mais baratas. Porém para as empresas que importam o custo só aumenta, consequência disso é o repasse aos produtos e os consumidores são quem pagam as contas.

Assim, os reflexos para a população é grande, os preços que já estavam subindo pelo aumento da inflação, acabam sendo influenciados também pelo aumento do dólar.

Para que planejou comprar algum produto importado a recomendação é ficar atento e acompanhar a variação dos preços, caso não tenha urgência na compra é interessante esperar, até que a moeda abaixe e se estabilize.

Outro cuidado é com as compras externas por cartão de credito que além do custo do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) também pagará mais pelo aumento na cotação do dólar. O caminho é evitar a compra à prazo com variação em dólar e se possível comprar somente à vista.

Para quem já havia planejado viagens para o exterior é preciso muita atenção e para tanto recomendo a aquisição de um cartão pré-pago internacional onde já carregará em dólar aqui no Brasil para utilização na viagem, lembro que esta atitude certamente evitará surpresas após o retorno, além da segurança que o mesmo proporciona.

Porém, o mais importante é não ter pânico e desespero é preciso elaborar um orçamento financeiro ajustando as contas a possíveis altas que podem ocorrer e planejando melhor as compras principalmente de importado.

Combater este problema é dever sim do governo, mas passa também pela mudança de hábitos e costumes dos consumidores, tudo começa em casa, portanto é hora de faxina financeira, tentar trocar os produtos que aumentam com a alta do dólar e eliminar o que não agrega valor em prol de uma saúde financeira que contribua na realização de nossos sonhos.

O AUTOR

O texto acima é de autoria de Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor dos livros “Terapia Financeira”, “Eu mereço ter dinheiro”, “Livre-se das Dívidas”, “Ter Dinheiro Não Tem Segredo”, além de outras obras na área pedagógica.

PREVISÃO (1)

Em menos de dois meses, o Dólar pulou de R$ 2 para quase R$ 2,30 (ontem estava a R$ 2,25). Ninguém se surpreenda se, até o fim do ano, o dólar bater no teto do que seria sua cotação mais realista, em torno de R$ 2,70. Cotação oficial, é claro. Aí, o paralelo bateria na casa dos R$ 3,00.

PREVISÃO (2)

Este é o valor médio que economistas calculam hoje para uma cotação mais realista do real, a partir do famoso Índice Big Mac (que a revista inglesa The Economist usa o preço do sanduíche do McDonald´s nos EUA para medir a paridade entre moedas).

ALEGRIA DE ALGUNS

A previsão de subida do Dólar virou informação escancarada e comemorada por grandes empresários ligadíssimos ao governo Dilma-Lula. O presidente do grupo JBS, Wesley Batista, já celebra que a alta do dólar é ótima para o Brasil e para seus negócios; Como a empresa aproveitou o tempo de dólar fraco para adquirir empresas nos EUA, hoje a JBS tem 65% das receitas dolarizadas (inclusive as exportações feitas a partir do Brasil).

QUEM DIZ ISSO

As informações sobre as oscilações da moeda norte-americana são do jornalista Jorge Serrão, editor do blog “Alerta Geral”.

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