O FRACASSO DAS UPPs

As chamadas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) do Rio de Janeiro revelam-se inoperantes e só aparecem no noticiário por causa do trabalho de marketing do governo de Sérgio Cabral. Quando soube do plano de pacificação das favelas cariocas – eufemisticamente conhecidas como “comunidades” – um experiente policial do RJ, o delegado Manoel Vidal, ex-chefe de Polícia, definiu o projeto como limitado.

Citado pelo jornalista Carlos Newton (Tribuna On Line), Manoel Vidal disse que o projeto das UPPs seria limitado,”porque o Rio de Janeiro tem mais de mil favelas e a PM só poderia “ocupar” algumas delas.” Vidal explicou que as despesas com a contratação de policiais e custeio da corporação seriam de tal ordem que se tornariam inatingíveis.

Já o também jornalista Hélio Fernandes sempre sustentou que Cabral havia feito um acordo com os traficantes, nos seguintes termos: 1) o tráfico se livrava de seus olheiros e soldados ninjas, nada de tiros para o alto e balas perdidas; 2) Os moradores da comunidade seriam respeitados e poderiam viver em paz; 3) a Polícia Militar não prenderia nenhum dos traficantes, construiria a UPP, ocuparia o morro, mas não reprimiria o tráfico, desde que o movimento fosse feito com discrição.

O acordo foi cumprido, segundo Carlos Newton. Em operações cinematográficas, a Polícia então “invadiu” as principais favelas, mas sem jamais prender um só traficante. Os chefões ficaram satisfeitíssimos, porque passaram a fazer economia, sem ter de pagar os soldados e olheiros nem gastar dinheiro com armas e munição, e as favelas ficaram aparentemente pacificadas.
O tráfico se modernizou, passou a ser feito por motoboys no estilo ”delivery”. Sem trabalho, os soldados e olheiros do tráfico desceram dos morros para praticar assaltos nas ruas, o que era mais do que esperado. E as UPPs passaram a ser o local de trabalho mais disputado pelos PMs, porque são poucas as ocorrências, não há risco de vida e pode-se ganhar muito dinheiro fazendo vista grossa para o tráfico. Ficou famoso o caso do PM preso no Morro da Coroa, em São Teresa, um mês depois da criação da UPP, com R$ 13 mil no bolso, em dinheiro vivo.
O pior desse cenário carioca é que se fala aqui no RS em se implantar algo parecido com as UPPs do RJ. Resta saber se haverá algum acordo também no mesmo estilo do vigente nas favelas do Rio para que se tenha uma paz de cemitérios em Porto Alegre.

BUFÊ ALTERADO
Após a repercussão negativa do contrato de R$ 3,4 milhões do governo do Ceará para fornecimento de bufê, incluindo pratos como caviar, escargot e lagosta, o governador Cid Gomes (PSB) afirmou nesta segunda-feira (19) que vai mandar retirar todas as comidas “exóticas” e só vai deixar pratos “com nome em português” no cardápio do bufê do governo. A notícia é da Folha de São Paulo.

IPVA PARA RICAÇOS (1)
Uma proposta de emenda constitucional (PEC), atualmente tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, pretende estender a cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e tem parecer favorável do relator, deputado do relator, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP).

IPVA PARA RICAÇOS (2)
A iniciativa prevê a incidência de IPVA sobre helicópteros, jatinhos, lanchas, iates e até jet skis de particulares. Toda a receita auferida com o IPVA desses veículos suntuosos será direcionada para a melhoria do transporte coletivo urbano.

AS EXCEÇÕES
Estão fora veículos utilizados em navegação de cabotagem, por exemplo, navegação pesqueira ou transporte de passageiro, até porque a cobrança seria facilmente repassada para os preços, informou o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), Pedro Delarue,

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