Uma fração de segundo

Se as imagens do acidente ocorrido na tarde de ontem, no cruzamento das avenidas Vinte e Quatro de Maio e Saldanha da Gama – as quais também poderão ser vistas no site do jornal A Plateia – forem analisadas, serão percebidas as frações de segundos que naquele caso, determinaram todo o fato e da mesma forma a preservação da vida da vítima de apenas seis anos, que escapou com algumas lesões e traumas. Mas por que frações de segundos? Qual seria a lógica de se analisar isso? Talvez nenhuma. Mas as coincidências são, no mínimo, intrigantes, pois nas imagens os veículos envolvidos, saindo de localidades totalmente diferentes e percorrendo distâncias diferentes, usaram frações de segundos exatos para se encontrarem no ponto do acidente. O terceiro elemento da história é o veículo onde a vítima estava e que seguia da escola até a casa de sua avó. Uma cronologia louca para determinar os acontecimentos de ontem. Para aumentar esta matemática ilógica, temos ainda, pelas imagens, a menina descendo do carro do seu pai e seguindo em direção à porta da residência, enquanto os dois veículos se chocavam alguns metros à frente. Outro fator determinante neste exercício na tentativa de explicar os fatos, foi que a menina se posicionou na porta da residência, dando chance de ser lançada para dentro de casa, quando ocorreu o choque do veículo contra a casa. Imaginem que por uma fração de segundo, ela poderia estar ainda contra a parede e teríamos certamente uma fatalidade.
Por imperícia e descuido do motorista que conduzia a caminhonete, que avançou a preferencial, na tarde de ontem, por uma fração de segundo, não causou uma tragédia maior. Qual a lição de tudo isso? Talvez quando o assunto é trânsito, não é permitido ao condutor distrair-se por uma fração de segundo sequer. Vida agitada, horário apertado, fluxo de veículos cada vez mais intenso, mas a atenção deverá imperar sempre, para que a vida não acabe nesta fração de segundos. Dar tempo ao tempo poderá custar muito tempo. Agora descuidar-se do tempo poderá acarretar no fim de algum tempo.

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