Bebê Sarado Mama no Peito

Está acontecendo a 22ª Semana Mundial  do Aleitamento Materno

O especialista destacou a importância do vínculo criado entre mãe e filho, no momento da amamentação


Raquel Pinheiro, enfermeira e coordenadora da atenção básica

É tempo de comemorar a 22ª Semana Mundial da Amamentação. O Ministério da Saúde está empenhado em mostrar ao País a importância do aleitamento materno para a saúde de mulheres e crianças. Do 1º ao 7 de agosto, mobilizações serão feitas em todo o Brasil, em prol da data.

A Campanha, em nível mundial, vai do dia 1° de agosto até o dia 7. No entanto, em Sant’Ana do Livramento, a Semana do Aleitamento Materno começa no dia 5 deste mês e vai até o dia 9. De acordo com Raquel Pinheiro, enfermeira e coordenadora da atenção básica, o tema escolhido para o município é “Bebê Sarado Mama no Peito”, uma vez que os pediatras não cansam de dizer: “até os seis primeiros meses, o bebê não precisa de mais nada, além do leite materno”. Os especialistas ressaltam que não há alimento que substitua a amamentação. “É bom que as mães não fiquem pensando que o seu filho pode estar cansado de comer sempre a mesma coisa nas refeições, ou que o leite é fraco. Não existe leite fraco, o leite da mãe é apropriado para seu bebê”, frisou Raquel.

Angelina Moreira, 34 anos, Gabriela, de 8 meses, e o pai

Ainda de acordo com a coordenadora, o leite é o alimento ideal para matar a sede e saciar a fome da criança. “De uma maneira simplificada, podemos explicar que o leite do início da mamada é mais rico em água e açúcar, saciando também a sede do bebê, e o do fim da mamada é mais rico em gordura, sendo mais calórico e fornecendo mais saciedade e ganho ponderal à criança”, disse Raquel. É por isso que os profissionais de saúde usam os termos leite do começo e leite do fim.

PEDIATRA
De acordo com o médico pediatra AdalbertoRosses, além de ser segura e mais forte, a amamentação estreita o vínculo entre mãe e filho, diminui o risco de possíveis agressões contra a criança, contribui para o desenvolvimento da inteligência e reduz as chances de infecções gastrointestinais e respiratórias. Ele ainda frisou que o leite materno é a primeira vacina da criança, e que é de extrema importância a conscientização das futuras mamães.

 

ENTREVISTA

Médico pediatra Adalberto Rosses

A Plateia: Qual a importante da amamentação, tanto para a criança, quanto para a mãe?
Adalberto: Para a mãe, é a realização da maternidade. A melhor coisa que pode acontecer para ela é esse contato com o filho, saber que depois de gerar, ela está alimentando. É a realização de todo o período da maternidade. Não existe alimento melhor que o leite materno, mesmo com todo esforço da indústria farmacêutica, ainda não existe nada mais completo que esse leite.

A Plateia: O que é o colostro, e qual a sua importância na amamentação?
Adalberto: O colostro é o primeiro leite que sai do peito. Aparentemente, ele é mais ralo, mas é um leite muito bom para a criança, funcionando como uma vacina. É fundamental a sua ingestão, pois ele contém muita imunoglobulina, que atua na prevenção de várias doenças.

A Plateia: E até qual idade o bebê deve ser alimentado exclusivamente pelo leite materno?
Adalberto: O ideal é amamentar até os seis meses, após esse período, a mãe ainda poderá o alimentar. O diferencial é que durante os primeiros seis meses de vida, o leite materno deve ser exclusivo, e a partir dessa idade deve ser secundário.

A Plateia: Como deve agir aquela mãe que não tem ou tem pouco leite?
Adalberto: Para mim, toda a mulher pode amamentar. Mas isso também depende muito da vontade que ela tem de alimentar o seu filho através da amamentação. Não existe leite fraco, o que existe é que ele possa sair em pouca quantidade ou, ainda, não ter descido. É necessário começar o mais rápido possível a amamentação e aumentar a ingestão de líquido.
“Amamento minha filha até hoje, embora ela já tenha 8 meses, pois sei que são inúmeros os benefícios que ela recebe. Além disso, amamento a filha de uma vizinha minha, pois o leite dela ainda não desceu, então já faz cinco dias que amamento as duas”, contou Angelina Moreira, mãe de Gabriela, de 8 meses.

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