Rota da Fé

E os peregrinos acabaram não cruzando em massa pela Fronteira da Paz, assim como foi projetado antes do início da Rota da Fé, que contemplava Sant’Ana do Livramento como uma dos principais caminhos deste grande evento realizado no Rio de Janeiro. A constatação foi feita já no início da operação integrada, que reuniu diversos agentes federais e estaduais na BR-158, junto ao posto da Polícia Rodoviária Federal, mas que foi oficializado, ontem, através do fechamento da operação.
Neste contexto, o município recebeu um aporte de policiais bastante significativo, os quais vieram de todos os cantos do país, e que acabaram gerando um belo investimento aos cofres públicos da União. Com todo este aparato preparado para imigração e demais fiscalizações previstas, a Fronteira ficou praticamente blindada: não passava nada desconforme com a lei pela rodovia federal, inclusive os produtos com importação restrita, como queijo, doce de leite e outros.
Mesmo com a operação integrada tendo encerrado ontem, ficou o alerta à população, principalmente para os turistas de compras que vinham em grande número para levar estas peculiaridades da Fronteira. Claro que a fiscalização continuará de forma normal, dentro da disponibilidade do efetivo local, diferente das 24 horas de plantão permanente.
Fora a fiscalização de produtos oriundos do lado uruguaio, os visitantes e fronteiriços sentiram-se mais seguros e em sua maioria apoiaram as ações realizadas e também lamentaram que a mesma fosse por um curto espaço de tempo.
A queda nas ocorrências criminais foi sensivelmente percebida nas delegacias e no policiamento de rotina. Nenhum grande contrabando foi apreendido, em uma localidade onde os contrabandistas agem diariamente.
Os exemplos de como funciona a segurança efetiva, em uma cidade de Fronteira, já foram dados e comprovados, falta agora os órgãos responsáveis, federais e estaduais, convencerem-se disso para tornar o crime de fronteira praticamente nulo ou bem próximo a zero.
Quem sabe esta força de vontade não dependa mais da vinda de uma grande autoridade mundial e de grandes eventos, como a Copa do Mundo. As promessas são muitas, mas o tão sonhado posto de fiscalização ainda não saiu do papel – e olha que já se foram dois, dos três grandes eventos previstos para a temporada. Cabe agora aguardar este aporte estrutural para tornar a blindagem permanente na Fronteira da Paz.

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