Policiais de Porto Alegre são acusados de invasão de domicílio e ameaça

Tumulto teria iniciado depois de incidente com carro, na rua Silveira Martins

A Polícia Civil está instaurando procedimentos para apurar os crimes de Dano, Lesão Corporal e Violação de Domicílio, envolvendo dois policiais militares da capital do Estado, acusados por moradores de Livramento de invasão de domicílio e abuso de autoridade.

Conforme ocorrência registrada na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), a Brigada Militar foi acionada, por volta das 18h, para atendimento de uma confusão generalizada, em frente ao número 120 da rua Silveira Martins, quase esquina com a Avenida Almirante Tamandaré.

No referido endereço, a guarnição conversou com os policiais da capital, os quais informaram que eles e seus familiares haviam estacionado o veículo Golf, e que o proprietário do outro carro, GM/Chevrolet, reclamou terem quebrado o farol do seu veículo. Com isso, formou-se uma discussão entre as partes e o proprietário, momento em que o morador de Livramento teria quebrado a sinaleira do carro dos policiais de Porto Alegre e fugido do local para dentro de sua casa. Ele foi perseguido pelos acusados dentro da casa de uma moradora.

Ainda conforme ocorrência, a moradora denunciou os policiais pelo fato de os mesmos terem entrado em sua casa, e apontado as armas para suas filhas, de 5, 16 e 18 anos de idade. Ela também os acusou por danos em vários móveis da casa, inclusive no banheiro, onde foi surpreendida enquanto tomava banho com uma das filhas.

 

Ameaças

 

Conforme versão apresentada pelo morador de Livramento e demais vizinhos, os policiais, após terem provocado o dano no veículo, foram para Rivera fazer compras e prometeram acertar o conserto do carro na volta. Ao retornarem para a rua Silveira Martins, onde o veículo de Porto Alegre estava estacionado, eles teriam se negado a pagar o combinado, momento em que formou-se a confusão, pois o santanense alega que os policiais teriam tentado o atropelar, na fuga, quando foi quebrado também o farol deste veículo.

A partir deste momento, os policiais teriam descido do veículo, armados e ameaçando quem encontravam pela frente. Pelo menos outras três pessoas fizeram denuncias à reportagem, sobre as ameaças.

O comandante do 1º Esquadrão de Policiamento, capitão Cristiano Voght Pickroidt, e 2º RPMon, disse que não foi possível colher o depoimento dos militares envolvidos. “Os policiais preferiram se pronunciar somente no Inquérito Policial Militar, o qual está sendo instaurado para esclarecer todos os fatos denunciados. Já encaminhamos comunicado para o setor administrativo, em Porto Alegre, e estamos aguardando definição para saber se o IPM ocorrerá por Livramento – o que é mais provável -, ou pela unidade onde os policiais estão lotados”, destacou o capitão.

 

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