O PAPA E AS DROGAS

Sem se preocupar em ser politicamente correto, o papa Francisco jogou aberto contra as drogas e seus defensores – aqueles que defendem a liberalização do consumo como medida para impedir a proliferação clandestina e o tráfico. Uma posição que é em si mesma contraditória e altamente suspeita.

Para o papa, “a chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia a dor e a morte, exige de toda a sociedade um ato de coragem.” Na sua manifestação desta quarta-feira, ao visitar o hospital São Francisco de Assis, falando para um público que conhece muito o drama dos dependentes de drogas, Francisco fez um discurso contra a liberalização da droga, criticando os defensores da medida.

“É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro.”

A mensagem direta aos militantes da tese de abertura do mercado aos traficantes foi assim: “Não é deixando livre o uso de drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química”.

Aos traficantes, o papa foi duro e implacável na definição: “São os mercadores da morte”. Sua presença no hospital católico reforçou a ação da Igreja no auxílio aos dependentes das drogas. E foi também dar o seu prestígio aos franciscanos que realizam esse importante trabalho social no Rio de Janeiro.

De fato, a Igreja Católica realiza um grande trabalho no país inteiro em comunidades terapêuticas, por meio da evangelização. “A droga tem um poder de devastação que não é só o jovem que vai ser atingido. E através desse serviço misericordioso, a Igreja presta grande serviço a toda a sociedade”, disse o papa Francisco.

Certamente, as palavras do papa contra as drogas e a sua liberação no Brasil terão grande influência na votação do projeto de autoria do deputado gaúcho Osmar Terra (PMDB). O projeto encontra-se atualmente no Senado para apreciação do plenário.

Segundo Osmar Terra, o projeto poderá ser votado ainda em agosto. Na Câmara, em todas as instâncias, o novo Sistema Nacional de Políticas Sobre Drogas foi aprovado por ampla maioria. Votaram contra o PT e o PSOL. Coerentes, como sempre.

TARSO E O IBOPE (1)

Na pesquisa divulgada nesta quinta-feira que examinou a situação dos governos de 11 estados, o governador Tarso Genro viu que a avaliação de sua gestão está entre as tr~es piores.

TARSO E O IBOPE (2)

Na avaliação do governo, apenas 25% aprovaram as ações de Tarso Genro como chefe do executivo gaúcho. Já o prestígio pessoal do governador foi de 46%.

TARSO E O IBOPE (3)

O líder do governo na Assembléia Legislativa, Valdeci Oliveira, do PT, alertou que se deve ressaltar que a pesquisa foi feita logo após as manifestações, ainda sob o calor das mobilizações populares que ocorreram em diversas cidades gaúchas

A PALAVRA DA OPOSIÇÃO

Já a oposição, através do deputado Giovani Feltes, do PMDB, classificou os dados do Ibope como preocupantes para um governador que projeta reeleição. Feltes recordou a eleição em que Tarso Genro retirou o governo tucano do poder, vencendo o pleito com ampla preferência em primeiro turno.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.