r.i.p

Para quem pensa que a política local mantém a gloriosa e pouco crível “era paz e amor” está redonda, quadrada e obliquamente enganado. O cavalheirismo, na Câmara de Vereadores, permanece, os discursos sobre manutenção da institucionalidade e do não personalismo, também.
Porém, já tem legislador “querendo o fígado” do colega e também de integrantes da administração e vice-versa, em que pese isso não seja admitido publicamente, por obviedade. Em relação à apregoada paz, sem o embate na base do dedo em riste, somente no passado recente.
A tão almejada calmaria agora é designada pela expressão latina “R.I.P”, ou “Requiescat in pace”. Em bom português, descanse em paz. Ante a prevalência do entendimento de que fogo se paga com fogo, está, informalmente, instituída a guerra.
Nesse teatro de operações, estrategos e pseudo-estrategos buscam a melhor forma de causar baixas no front “inimigo”. Claro que, de mãos dadas, a soberba e a vaidade, percorrem o campo de batalha, anunciando que mais virá.
Sem armistício.
Oito vereadores da oposição.
Nove vereadores de situação.
Entre eles, outra expressão em latim: versus, ou seja, que vai contra, que desafia. Na prática, a peleia é oito versus questões inerentes ao Executivo.
Palavra é munição, microfone é metralhadora, bancadas são trincheiras, enquanto petardos verbais esvoaçam de um campo a outro do plenário dividido.
Esse é o panorama atual.
Claro, embates são naturais e normais, personalizar as questões, não. Esse é, talvez, o ponto mais específico nesta guerra, cujos soldados tem os mais diferentes perfis
Vai passar.
Chegará o tempo da bandeira branca tremular, porém, prepondera a expectativa de que o clássico toque de silêncio não se faça presente, pois o que se torna necessário é, na verdade, o toque de reunião, a fim de promover aquilo que realmente a coletividade necessita a partir da ação individual dos legisladores e integrantes do Executivo como convergências para uma ação comum, ou, mais precisamente, aliar forças contra outros inimigos, como especialmente, as deficiências enfrentadas pela população santanense.
Por fim, é possível entender que tem razão o vereador Lídio Mendes, o Melado, quando brada: “inimigos de hoje, aliados de amanhã”, frase clássica da política santanense, proferida pelo histórico Sebastião de Almeida Gomes, vereador, agente político, que em sua trajetória até o falecimento, deixou uma marca muito peculiar na política santanense.

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