O MÉDICO E O PEDÁGIO

Rodrigo Jobim é médico e como um profissional da saúde leva ao extremo o seu juramento de salvar vidas. O depoimento que vocês irão ler é de sua autoria e foi enviado ao colunista, na semana passada.. Está publicado na íntegra. “Tudo bem? Este email vai como um desabafo. Sou médico, cirurgião geral e cirurgião do trauma. Trabalho em sala de emergência há 20 anos dando atendimento inicial e operando acidentados, baleados…Voltando no sábado(06/julho) à noite de um plantão no Hospital Universitário de Santa Maria, cerca de 22 hs, tinha acabado de passar pelo posto de pedágio de Venâncio Aires na RS-287 e deparei com um acidente.

Colisão frontal entre dois carros pequenos. Num deles uma senhora (com cinto de segurança) clinicamente bem, com algumas escoriações. No outro veículo, um óbito e outro agonizando (ambos sem cinto).Entrei no carro e com auxilio de um paramédico fiquei mantendo a via aérea do paciente que agonizava e respirava com dificuldade e pensando: “..logo chega a ambulância do pedágio e terei condições de estabilizar a via aérea, pegar uma veia…etc..”, pois tinha recém passado pelo pedágio.Logo lembrei! Não havia mais ambulância. O Tarso conseguiu diminuir em “doirreal” e pôs a concessionária a correr. De R$ 7,20 para R$ 5,20. Houve até uma cerimônia com discurso etc.. Sem ambulância em condições na estrada tivemos que esperar os bombeiros que chegaram sem equipamento médico algum e demoraram muito mais que o aceitável e muito mais que a ambulância que sempre estava no pedágio. Continuamos na mesma e o paciente piorando. Chegou então uma viatura da Brigada, também sem equipamento algum. Em seguida, chegou uma ambulância dos bombeiros, só com algumas luvas e mais nada! Colocaram então o paciente já em óbito na ambulância e o levaram, pois a chance daquele rapaz, se é que tinha, estava nas minhas mãos. Com a minha experiência e uma ambulância bem equipada, dava para fazer o suporte básico de vida ali mesmo, o que é o diferencial esta hora. Obviamente que não é culpa dos bombeiros ou policias rodoviários e Brigada, que atuaram com profissionalismo e presteza que puderam. Me diga então o que passa na cabeça de um político? É óbvio que sem ambulância fica mais barato! E mais: usem o cinto de segurança! Há um cronista em Porto Alegre que durante anos fez apologia do não uso do cinto pois cerceava sua liberdade.. Obviamente uma pessoa já senil naquela época! Grande abraço .Rodrigo Jobim (rcjobim@gmail.com)”

SEM PEDÁGIO
Das nove praças de pedágio que compunham os polos de Lajeado e Caxias do Sul, cinco deixarão de existir: uma estadual, em Farroupilha e as outras quatro em estradas da malha federal. Com o fim da cobrança de pedágio, motoristas que usarem esses trechos não poderão mais contar com os serviços de guincho e ambulância, até então custeados pelas concessionárias Sulvias e Convias. (Fonte: Rádio Guaíba)

DNIT ASSUME
Com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) assumindo, exclusivamente, a manutenção da BR 386 (nos trechos que correspondiam às praças de Fazenda Vilanova e de Marques de Souza) e da BR 116, nos trechos até então pedagiados de São Marcos e do distrito de Vila Cristina, em Caxias do Sul, fica com a Polícia Rodoviária Federal o atendimento dos acidentes. Em caso de maior gravidade, segundo explica a assessoria de imprensa do Palácio Piratini, o Corpo de Bombeiros mais próximo, deve ser acionado, nos municípios. Já o socorro mecânico passa a ser assumido pelo próprio motorista (Fonte: Rádio Guaíba)

ESTADO ASSUME
O diretor-presidente da EGR, Luís Carlos Bertotto, disse que o único dos serviços oferecidos pelas concessionárias que a EGR não vai cobrir é o socorro mecânico. O atendimento médico de urgência e os guinchos, segundo ele, seguirão garantidos. Para o primeiro serviço, a EGR espera o apoio do Samu e, para o segundo, cogita um acordo com o Detran gaúcho. (Fonte: Rádio Guaíba)

SOCORRO NA HORA
Não faz muito tempo, o bispo emérito da Diocese de Caxias do Sul, Dom Paulo Moretto, sofreu um acidente de carro nas imediações de Farroupilha. O veículo caiu num barranco e o seu motorista acionou o socorro da Praça de Pedágio daquele município. Em sete minutos chegou a ambulância e Dom Paulo foi levado ao hospital em estado crítico. Dom Paulo está vivo graças ao serviço de socorro do Posto de Pedágio de Farroupilha. O posto foi extinto.

 

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