Causa e efeito

Ops! Tem algo de muito errado (ou de muito certo) com o Brasil de hoje. Depende do posto de vista. As pessoas querem coisas diferentes daquilo que lhes está sendo oferecido. Vale para a saúde, para a política, para o cotidiano, para a cidadania, para os salários, para todo e qualquer tipo de situação e estado de coisas.
Eliminando as máscaras dos marginais do cenário, fica evidente que todas as mobilizações – de classes de trabalhadores, sociais, de grupos, de ativistas – representam um Brasil que cansou.
Cansou em seus estados. Cansou em seus municípios. Não suporta mais a falácia, o “vamos fazer”, o “estamos fazendo, mas demora”, o “assumimos o compromisso”. A cidadania produz ou reproduz simplesmente o efeito do que veio ocorrendo nos últimos anos em que políticos enrolões abusaram da falácia, apropriavam-se de dinheiro aos montões e ninguém dizia nada.
Cada um sabe onde lhe aperta o calo e os brasileiros perceberam que poderiam gritar de dor. E começaram a fazê-lo. Pode até ser passageiro, como rezam alguns tradicionais elementos da política, porém, essa tradição não fica atrelada ao não acontecimento de novas manifestações ante as incorreções dos que recebem bolsas (e malas de dinheiro), sob a égide de representar o povo, porém, na prática, representam interesses de grupos ou simplesmente a si próprios e sua sanha de embolsar.
Todos os segmentos da cidadania estão se mobilizando, seja nas capitais e no interior, visando mudar os rumos da política, dos serviços, enfim, dos setores. Mudança total com qualidade para o cidadão.
Durante recente visita à redação de A Plateia, o presidente da subseção em Livramento da OAB, advogado Márcio Couto, confirmava a adesão da Ordem a pelo menos duas mobilizações (tema de vindoura reportagem em A Plateia, que pode ser conferida nas próximas edições). O movimento Eleições Limpas – que faz uma revisão na essência da campanha eleitoral, atestando que empresas não mais contribuam com os políticos, entre outros detalhes, e o Saúde Mais 10, com vistas a aumentar os repasses na área da saúde.
Ou seja, percebe-se aí movimentos, mobilizações, campanhas com essência – as quais buscam a transformação de forma efetiva, prática, que seja sentida pelo cidadão em seu cotidiano, em sua vida, no transcurso de sua jornada.
As causas?
São tantas, mas podem ser sintetizadas em uma. Tudo aquilo que, no passar dos anos, grupos egressos da própria cidadania não fizeram ao deter o poder, agora está tendo o efeito.

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