Governo quer estimular marca regional com recursos

Secretário Mainardi

Perspectiva é de disponibilização de R$ 600 mil em crétito complementar para a Secretaria de Agricultura como forma de fortalecimento de todo o setor vitivinícola do Brasil

A Região da Campanha tem se mostrado uma grande produtora de vinhos de qualidade. Para fixar essa marca e dar mais visibilidade aos produtos, o governo do Estado enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa pedindo abertura de crédito complementar de R$ 600 mil à Secretaria da Agricultura para investimento em comunicação e mídias dirigidas.

Através de convênio com o Comitê de Fruticultura da Metade Sul, estão previstas mídias em tevê, a construção de página na web para o comitê e para Associação de Vinhos da Campanha, outdoors, material de divulgação impresso, treinamento e capacitação de 600 garçons e agentes de vendas, melhoria da loja da associação e realização do X Seminário de Vitivicultura.

Aprovado na última terça-feira, 18, por unanimidade, o Projeto de Lei trata de suplementação orçamentária ao Fundovitis que, dentre as funções, também está a de promover o vinho, e foram aprovados pelo conselho deliberativo.

De acordo com o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, o governo do Estado tem investido no crescimento da vitivinicultura gaúcha, citando como exemplo a duplicação dos recursos repassados ao Fundovitis. “Temos compromisso com o fortalecimento das matrizes produtivas locais e, por isso, apostamos na consolidação dos vinhas da Campanha, que é uma nova fronteira de produção e vinificação de uvas que tem conquistado mercados”, justifica Mainardi.

Na última década, o setor vitivinícola brasileiro sofreu transformações que resultaram em um grande salto de qualidade. Depois de experimentos feitos no passado, a Região da Campanha acompanhou esse movimento nacional e reencontrou sua aptidão para o setor.

Baseada nas qualidades do clima e do solo, propícias ao plantio de uvas, os vinhos de lá estão acalçando mercados nacionais e internacionais. O coordenador das Câmaras Setoriais das Cadeias da Uva e das Oliveiras da Secretaria da Agricultura, Jorge Hoffmann, diz que a região é responsável por 15% da produção de vinhos finos do país. “São 17 vinícolas e mais de dois mil hectares de uva”. Por outro lado, porém, diz ele, enfrenta certa dificuldade logística em função da localização em relação ao resto do Brasil. O mesmo vale, conforme ele, para a Fronteira Oeste gaúcha. 

O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, está otimista em relação à Campanha. Um dos incentivadores da fruticultura na Metade Sul nos ano 90, não tem dúvida de que a diversificação da cultura é uma forma de agregar valor aos produtos e trazer mais renda ao produtor. A concorrência dos vinhos de países vizinhos como Uruguai e Argentina, segundo ele, também motivam o setor, especialmente nessa região, a se aperfeiçoar e aumentar a qualidade.

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