Clima de guerra!

Evoluiu (ou involuiu?) para ainda maior polêmica a questão pertinente ao projeto do governo que foi rejeitado pelos 7 vereadores de oposição (cuja meta era obter empréstimo de R$ 3 milhões do BNDES via Banrisul).
Ataques e contra-ataques continuaram ocorrendo, instaurando um clima de guerra entre Executivo e uma parcela do Legislativo.
Oposicionistas buscam dar explicações e questionam os métodos do Executivo, ao mesmo tempo em que acusam o fato de a municipalidade ter perdido o prazo para a aquisição do arco cirúrgico, mesmo já tendo o dinheiro em caixa.
O ambiente político de namoro e noivado que se instaurou às 20h de 7 de outubro de 2012, quando vencedores e vencidos serenaram os ânimos, durou pouco. Vereadores de oposição sentem-se ofendidos pelas manifestações do prefeito Glauber Lima e do vice-prefeito Edu Olivera – os quais, por sua vez, batem, com experiência, firmemente na tecla de que o resultado da votação de quarta-feira foi contra Livramento e não o Executivo.
Deveras, um bom discurso de ataque.
Entretanto, a quebra do clima de tolerância suscita, após a oposição ter feito nada menos do que a marcação de seu território na tentativa de dar um basta no tipo de atuação do Executivo, mudança imediata nas relações.
A grande questão é que, em tese, nessa guerra sem trincheiras e de muito pouca estratégia, com o emotivo, algumas vaidades e até mesmo arrogâncias, extravagando situações, a tendência é o agravamento.
Aí é que a situação torna-se ainda mais ampliadamente preocupante.
Nesse teatro de operações, os ataques e contra-ataques acabam por prejudicar é a comunidade santanense, em última instância, haja vista que os dois poderes contêm detentores de mandatos eletivos dos quais a população espera soluções e não guerras.
Argumento e contra-argumento são válidos e normais, embate político no campo ideológico e intelectual, sem ofensas – note-se bem, sem ofensas – é normal e faz parte do processo.
O clima político de guerra, por fim, poderá permanecer, mas se há o entendimento de que é possível trabalhar em favor dos santanenses, chegará a hora em que se dissipe essa condição.
Para o bem da cidade.

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