FOGO AMIGO NO PSDB
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) talvez seja mesmo o candidato do partido para disputar o Palácio do Planalto, mas não será uma homologação fácil, pois o ex-governador mineiro não conta com a simpatia de três cardeais tucanos: FHC, José Serra e Geraldo Alckmin.
Todos os três tucanos já concorreram e os resultados são conhecidos dos brasileiros. Apenas FHC ganhou duas vezes. Serra perdeu outras duas e Alckmin uma vez. Na eleição passada chegou-se a imaginar que se o candidato fosse Aécio Neves as chances de vencer Dilma seriam mais razoáveis, mas José Serra praticamente impôs a sua candidatura.
A um ano da próxima campanha eleitoral, o PT, pela voz de Lula, garante a candidatura de Dilma e o PSDB em vez de bombar o nome de Aécio Neves começa a boicotá-lo no ninho tucano de São Paulo, o mais forte do partido no Brasil.
José Serra, por incrível que possa parecer, deseja concorrer mais uma vez. O mesmo se dá com o governador Geraldo Alckmin. Os dois ainda não se convenceram das derrotas sofridas e que ambos não empolgam o eleitorado. Se os eleitores querem novidade e um discurso que se contraponha ao do PT, provavelmente, Aécio Neves é a solução.
Aécio Neves conseguiu se eleger presidente nacional do PSDB, mas ele não tem trânsito no ninho tucano paulista e FHC já disse a um amigo próximo que falta estatura ao ex-governador mineiro e que ele só empolga os eleitores de Minas Gerais.
Resumindo a ópera tucana, Aécio é única novidade que o PSDB pode apresentar ao Brasil: jovem, ambicioso e um bom governador de Minas Gerais, além de nunca ter perdido eleição. Mas quem irá botar o guizo no pescoço do PSDB de São Paulo e acabar com o fogo amigo que é disparado contra Aécio?
LULA NO BANCO
Por enquanto, Dilma Rousseff vai concorrer à reeleição com a garantia de Lula. Como a economia do Brasil não deslanchou neste ano de 2013 e o PIB caminha para números desconfortáveis, Lula pode ser convocado pelos petistas para apagar o incêndio que chamusca a inflação e os planos do governo.
EDUARDO CAMPOS
Tudo indica que 2014 terá outros candidatos interessantes que sempre buscam votos no eleitorado petista. Eduardo Campos, governador de Pernambuco, e Marina Silva, a musa da ecologia, apostam nesses eleitores e o PT já sente a ameaça.
PEDÁGIOS (1)
Abrir as cancelas dos pedágios privados é fácil. Mantê-las assim ou com tarifas mais baixas é que é o xis do problema. Quem irá manter os serviços oferecidos pelas concessionárias? E a manutenção das rodovias?
PEDÁGIOS (2)
Num primeiro momento, a medida é simpática. Ninguém gosta de pagar para utilizar uma rodovia, pois já é tributado com um IPVA exagerado, mas nossas estradas pedagiadas são as melhores da malha rodoviária. Daqui a um ano é que saberemos do resultado prático da medida do governador Tarso Genro.
PEDÁGIOS (3)
Convém não esquecer que as concessionárias mantinham um serviço de atendimento de emergência aos motoristas que solicitavam socorro. O prazo máximo de atendimento não excedia a 15 minutos. O governo vai manter essa qualidade?
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