Invasão!!! E a lei?

Por mais que existam regramentos, por mais que o sistema busque impedir e coibir os excessos, sempre há uma forma de burlar toda a regra sem que exista qualquer tipo de punição. É o que ocorre em todos os feriados e feriadões em Livramento, no que tange a praça General José Antônio Flores da Cunha, mais conhecida como praça dos Cachorros e, especialmente a confluência entre Andradas e João Pessoa. O contexto físico é maior, entretanto, fica entre a metade do Largo Internacional e a entrada da Sarandi.
“Tudo como d’antes no quartel de Abrantes”. É a frase que melhor se aplica àquele contexto conflagrado. A representação da municipalidade foi, há várias semanas, até o local, realizando uma fiscalização preventiva e de alerta, cobrando o que é lei, o que está disposto no Código de Posturas do município.
Não há a compreensão de que vendedor ambulante, por conceito, é quem ambula (gira, passeia, circula, passa), ou seja, não está amparado para ter banca – mesmo que seja uma mesa e uma cadeira; uma grade de exposição e um banquinho ou, ainda, que coloque as peças, mercadorias e produtos que comercialize no chão e fique nas imediações. Isso não é ambular, não é ser vendedor ambulante.
A Lei Complementar 19, de 5 de fevereiro de 1996, ao que se saiba, ainda está vigente. Ninguém revogou. É o Código de Postura do município de Sant’Ana do Livramento. Os dois primeiros artigos das disposições preliminares são muito claros: “Esta Lei contém as medidas de polícia administrativa a cargo do município, em matéria de higiene, ordem pública, meio ambiente, comércio e indústria, instituindo as necessárias relações entre o Poder Público local e os munícipes.
O artigo segundo é também muito claro: “ao Prefeito, à Câmara de Vereadores e, em geral, aos funcionários municipais, incumbem velar pela observância dos preceitos desta Lei”. É proibido nos logradouros públicos, conforme o artigo 10, embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou veículos, assim como, conforme o artigo 14 é proibido colocar mesas e cadeiras, bancas ou quaisquer outros objetos ou mercadorias, quaisquer que seja finalidade, excetuando-se os casos regulados por legislação específica, desde que previamente autorizadas pelo Município.
Aliás, vale lembrar que o Código de Postura tem um capítulo específico sobre o comércio ambulante. Vai do artigo 150 ao 154. O exercício do comércio ambulante dependerá sempre de licença especial que será concedida de conformidade com as determinações de legislação fiscal do Município, estabelece o regramento, que trata também sobre a licença e detalha a concessão, local, destacando que é proibido ao vendedor ambulante, sob pena da multa e cassação da licença.
Isto é o que diz a lei. Na prática, é diferente. Como pode ser constatado hoje, amanhã, domingo. Aí vem a pergunta, simples.
E?

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