Muito a fazer

Hoje, Livramento sedia um dos tantos eventos para debater o turismo que ocorreram nos últimos 20 anos. Há expectativa de que não seja “mais um”, porém, persiste, das duas últimas décadas, a necessidade deque a cidade faça “o dever de casa”, integrada com Rivera, para alavancar o desenvolvimento a partir do turismo. Atrativos existem, inverno e verão. Organização e, sobretudo, comunicação, porém, são escassos quando o tema é organismo conjunto, em uníssono.
Iniciativas individuais há muitas. E bem focadas. Por outro lado, há tempos se cobra que a cidade mantenha um melhor tratamento visual, a fim de que transmita uma boa acolhida a aqueles que chegam em Livramento e deixe um sentimento positivo naqueles que daqui partem ou por aqui passam. Principalmente agora, que a administração é nova e manifesta, por seus representantes, uma vontade consciente de fazer com que o poder público seja protagonista da mudança, conforme a necessidade de Sant’Ana e Rivera, já que não se pode pensar em uma dissociada da outra, especialmente quando o tema sugere pessoas. E, dentro desse raciocínio, pessoas, não é possível admitir o que fizeram com as paredes frontais do paço, espalhando tinta de forma ininteligível, em símbolos intraduzíveis que simplesmente retratam o desinteresse de alguns poucos elementos para com a cidade, um tipo de revolta falsa recalcada na ignorância sobre o que é do coletivo.
Falar em turismo antes de solucionar essas mazelas cotidianas é, na verdade, sonhar com o futuro, que, precisa-se compreender, começou a ser construído ontem. Turismo, na prática, requer três elementos centrais: dinheiro, gente e criatividade.
É bem verdade que é pública a obrigação de realizar a manutenção e a melhoria constante da qualidade visual da cidade, para uso tanto pelos próprios moradores, quanto por aqueles que chegam ao município. A obrigação é pública, mas a responsabilidade é coletiva. É importante o envolvimento da comunidade como um todo nesse processo. Assim, estimula-se a preservação e a cultura do cuidado cidadão das coisas da cidade.
No mínimo, em não sujar, não estragar, não depredar. Alguns, até, buscarão se envolver mais, ajudar mais, dar a sua parcela de contribuição para esse embelezamento. E, assim, a cidade tende a tornar-se cada vez mais bela, mais bem cuidada, mais envolvente, mais atraente…

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