FALOU E DISSE

Afinal de contas, o presidente do STF Joaquim Barbosa disse ou não “umas verdades” sobre o Congresso Nacional? Que ninguém se arrisque a fazer uma grande pesquisa nacional sobre as palavras de Barbosa, pois o resultado apenas confirmaria o que pensa o presidente do STF sobre a nossa classe política.

A repercussão foi tamanha que o próprio STF se encarregou de por água fria na fogueira acesa pelas palavras de Barbosa. “A fala do presidente foi um exercício intelectual feito em um ambiente acadêmico e teve como objetivo traçar um panorama das atividades dos três Poderes da República ao longo de nossa história republicana” – disse a nota oficial do órgão.

Mas longe de acalmar os ânimos no Congresso, o presidente Joaquim Barbosa recebeu críticas na Câmara e no Senado. “Quando você é presidente de um Poder, é presidente a qualquer momento: nos recessos, nas férias, nas licenças de saúde. E inclusive nos momentos em que vai até uma universidade debater ideias. Ele precisaria se dar ao respeito, coisa que não tem acontecido”, disse o deputado André Vargas (PT-PR), no exercício da presidência da Casa.

No Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ex-líder do governo, foi mais político na sua avaliação: “Essa é uma posição pessoal do ministro. Estamos em uma democracia e todos têm o direito de opinar da forma como entende sobre os partidos políticos”.

Talvez o Senado, por ser mais ponderado e ter políticos mais experientes, tenha absorvido melhor as críticas. O senador Jorge Viana (PT-AC) não se sentiu atingido e disse respeitar a opinião de Joaquim Barbosa, mesmo que ela não contribua em nada no fortalecimento das relações entre os poderes.

Mesmo assim, tão logo os dias passem, as declarações de Joaquim Barbosa logo estarão esquecidas e até substituídas por outras. Vamos aguardar o que vem aí sobre a tentativa de transferir para o Congresso a última palavra sobre as decisões do STF. Provavelmente, teremos muitas outras críticas de parte a parte.

COMEÇOU EM ABRIL

A PEC que transfere para o Congresso a possibilidade de rever as decisões do STF, apresentada em abril passado foi a responsável pela animosidade disfarçada entre aqueles poderes.

INVESTIGAÇÃO

A Polícia Federal detectou que a boataria sobre o fim do Bolsa Família pode ter começado na Região Norte e através do serviço de telemarketing. Mas é apenas uma pista a ser seguida. Os federais receberam informações enviadas pela Caixa Econômica Federal de que a primeira enxurrada de usuários do Bolsa-Família às agência do banco ocorreram na Região Norte.

BRIGADA PRENDE OFICIAL (1)

A prisão do tenente-coronel Florivaldo Pereira Damasceno foi motivada pela guarda de armas e munição em seu gabinete no comando do 20º BPM, depois de uma denúncia anônima. O comando da corporação concedeu uma entrevista coletiva para informar a sua decisão.

BRIGADA PRENDE OFICIAL (2)

O tenente-coronal Florivaldo confirmou a entrega das armas mas alegou que o material pertencia a um colecionador, já falecido. O material, segundo Damasceno, permanecia com a viúva, parente do oficial e que havia solicitado ajuda a ele para transportar o armamento até a Polícia Federal (PF), conforme estabelece a lei.

BRIGADA PRENDE OFICIAL (3)

O oficial já está em liberdade. De acordo com a juíza da 1ª Auditoria Militar, Karina Dibi Kruel do Nascimento, que concedeu a liberdade provisória ao oficial, não havia, pela lei, razão para mantê-lo preso. “Ele vai responder ao crime, se for denunciado, mas em liberdade”, explicou.

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